À semelhança do que acontece noutras ciências, a medicina está em constante evolução e, com o advento das tecnologias digitais, esse progresso vem acelerando cada vez mais.
Nos dias 4 e 5 de Junho terá lugar, em Seul, a 1.ª Cimeira Coreia-África. Prevê-se que a Cimeira, com a particularidade de ser a inaugural, seja a maior reunião internacional da actual administração coreana. Isto reflecte o empenho do Presidente Yoon Suk-yeol em promover uma parceria mutuamente benéfica, sustentável e estratégica a longo prazo com África, em consonância com a visão da Coreia de se tornar um Estado Global Pivotal, por um lado.
A vida do nosso tempo e contexto clama pela necessidade de profissionais que possuem qualidades humanas e técnicas capazes de agregar valores no cumprimento das suas atribuições que se resumem na CHAVE: C=Competências; H=Habilidades; A= Atitudes; V= Valores; E= Ética, bem como nos quatro pilares da educação para o século XXI propostos pela UNESCO: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.
Por isso, a nossa reflexão nesta edição refere-se aos princípios deontológicos necessários para a vida sócio-organizacional, no sentido de possibilitar que a prestação de serviços seja um garante na satisfação eficiente e eficaz das preocupações do público, em razão de ser a pedra angular da vida organizacional. Desta feita, apresentam-se em seguida dez princípios deontológicos necessários para a vida socio-organizacional, reflectidos na minha Obra intitulada: Ética e Deontologia na Vida Socio-profissional, cuja observância contribui para a qualidade que se pretende na prestação de serviços:
1. Ética Profissional: Para Barros (2010), é o conjunto de normas e valores que direccionam a conduta dos profissionais de uma organização, para que estes mantenham uma reputação positiva no ambiente de trabalho. Cada profissional ligado a uma organização tem o dever de observar os princípios da ética profissional, de modo a ajudar na projecção da reputação organizacional junto do seu público-alvo em particular e na sociedade em geral.
Importa salientar que a falta de ética profissional no ambiente de trabalho na actualidade tem servido como uma das causas de fracasso ou falência das organizações, na quebra de confiança nos serviços prestados e finalmente, no surgimento de conflitos nas relações interpessoais a título de exemplo. Nesta ordem de ideias, faz todo sentido defender que na formação de capacitação permanente dos profissionais, a ética seja sempre contemplada e esteja numa posição de destaque no plano estratégico.
2. Dever de Obediência: Do latim oboedir, ob= atenção e audire= escutar, o que equivale a escutar com atenção. Trata-de de uma qualidade que possui relação de proximidade com o respeito, humildade, lealdade, aceitação pelo princípio de alteridade e comprometimento com a vida socio-organizacional.
O desafio de mandar e obedecer faz parte da dialéctica da vida sem qualquer excepção do ser humano. Neste sentido, a obediência torna evidente a demonstração de que o homem é um ser de relação e dependente, propenso a cumprir e/ou obedecer sempre as ordens e regras de outrem, cuja realidade constitui a espinha dorsal da vida familiar, organizacional e social.
3. Sigilo Profissional: Do latim sigillum, significa selo ou segredo. Aquilo que garante a inviolabilidade de documento ou de seu envoltório”. (CENEVIVA, 1996, p.22)
Cada profissional na organização indepedentemente da posição que ocupa é obrigado a pautar por uma conduta ética de modo a contribuir na edificação e preservação da reputação organizacional, dada a realidade de que, o público da era contemporânea precisa de profissionais preparados para o desafio de saber ser e conviver, além de saber fazer.
Refere-se que o sigilo constitui um dever que pode ser ensinado a partir da família enquanto instituição basilar onde ocorre a socialização primária de cada indivíduo, bem como consolidado pelos demais agentes de socialização até a sua dimensão profissional na organização. A sua inobservância gera consequências graves à vida socio-profissional.
4. Integridade: Segundo o Dicionário Aurélio (1975), vem do latim integritate = qualidade de alguém portador de conduta recta, pessoa de honra, ética, educada e justa.
A integridade constitui uma qualidade ético-moral desejável para a vida social sobremaneira no processo detomada de decisão, na medida em que impulsiona o homem de modo geral e o profissional de uma organização a pautar por uma conduta proba e recta.
5. Respeito pelos direitos de outrem: Do latim respectus= atenção ou consideração. É um comportamento centrado na veneração, consideração e/ou obediência para com alguém. Possui uma dimensão vital para a convivência humana em prol da cidadania, que exige envolvência por parte de cada indivíduo e dos agentes de socialização para o bem da vida socio-profissional.
O respeito pelos direitos de outrem constitui um caminho recomendado para a consolidação do espírito de reconciliação nacional e observância dos direitos humanos em prol da cidadania.
6. Responsabilidade: Do latim, sponder = responder. É a qualidade do que é responsável ou obrigação de responder por actos próprios ou alheios ou ainda por uma coisa confiada. É a obrigação moral que um sujeito tem pelos possíveis erros cometidos perante uma determinada situação. É necessário que as organizações se preocupem em moldar a consciência dos seus profissionais para o espírito de responsabilidade em prol da vida socio-profissional.
7. Cultura Axiológica: É a obrigação moral que tem um cidadão e/ou profissional de uma organização na adopção de conduta pautada em, nos e para os valores desejáveis à dinâmica da vida social e organizacional.
Tal como se constata, os valores traduzem-se como a base e o sustentáculo da ética e educação que se desejam para o homem da era da globalização, com carácter de urgência. A consciência ética torna o homem, em ser promotor e preservador de valores para o bem da cidadania.
8. Disciplina: A disciplina, constitui um dever moral e deontológico que impulsiona o homem a fazer o que tem por fazer com o sentido de missão, resiliência e comprometimento para o alcance das suas tarefas, bem como estar submisso ao cumprimento das normas que regem a vida socio-organizacional. A sua observância é útil e necessária para a vida social.
9. Lealdade: Do latim legalis = lei. Refere-se a um valor humano relacionado a capacidade de uma pessoa ser confiável, manter a rectidão moral, honestidade e honrar compromissos. É um valor que precisa de ser resgatado com a comparticipação de todos para o bem da vida socio-profissional.
10. Comprometimento: É uma força que direcciona o comportamento de um indivíduo a efectuar um conjunto de acções relevantes para atingir um determinado objectivo na vida em geral e na organização em particular. (SHAHNAWAZ; JUYAL, 2006)
*Docente universitário, palestrante e escritor
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LoginOs problemas que a era contemporânea apresenta, sobretudo no capítulo dos valores morais, éticos, cívicos, culturais, epistemológicos e religiosos obrigam, quer queiramos quer não, a reflectir sobre o papel da família com o fito de saber se ela tem ou não cumprido com as atribuições sociais, tendo em conta a sua dimensão pedagógica e sociológica na preparação do homem para a vida.
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