Economia

Feira Internacional de Benguela com balanço de 20 mil visitantes

Arão Martins / Benguela

Jornalista

Pelo menos 20 mil pessoas visitaram a 13ª Edição da Feira Internacional de Benguela (FIB) – 2024, que decorreu de 22 a 26 de Maio, no Estádio Nacional de Ombaka.

27/05/2024  Última atualização 08H41
Durante o evento foram criados mais de 2 mil empregos © Fotografia por: Arão Martins | Edições Novembro

O número de visitantes reflecte um aumento de cerca de 7 mil visitas comparativamente à edição de 2023, que tinha o registo de 13.500 pessoas.

A justificação do aumento do número de visitas nesta edição, que decorreu sob o lema "Dinamizar potencialidades para transformar a economia”, reside no facto de se ter aumentado, também, um dia de exposição, passando de 4 para 5.

Ao Jornal de Angola, o administrador do grupo empresarial Eventos Arena, Manuel Novais, explicou, ao efectuar o balanço do evento, que os resultados da 13ª Edição da FIB, que terminou ontem, são positivos.

"Para esta edição, aumentou-se mais um dia, comparativamente com a edição passada, para privilegiar as famílias, com a criação do parque de diversões, que foi bastante visitado”, afirmou, salientando que o objectivo foi de permitir que as famílias visitassem a Feira.

No primeiro dia (quarta-feira), destacou, as visitas foram mais de instituições  que acompanharam o governador provincial de Benguela, Luís Nunes, que fez e deu a honra da organização e convidados de percorrer  todos os stands.

As qualificações cingiram-se na vertente de contactos já feitos. Eram algumas empresas que já tinham sido contactadas para estarem presentes, fazerem negócios e estabelecerem contratos de médio e longo prazos.

Nos últimos dois dias do certame (sábado e domingo), a organização abriu as portas para as famílias, marcando assim dias de visitas intensas e de muito trabalho, na medida em que aconteceu o sorteio de uma viatura.

A fonte disse que, mediante a realidade vivida e ilustrada pelos expositores, se fez contactos e houve bons resultados a nível de vendas.

Depois do fim da presente edição, já se trabalha para a próxima e a satisfação da organização reside no facto de mais de 95 por cento de empresas participantes já confirmarem a presença na próxima edição, garantindo que algumas empresas já manifestaram aumentar a sua área. As empresas que nesta edição ocuparam nove  metros quadrados, já querem mais metros quadrados para a próxima edição.

 
Representatividade

As empresas que actuam no ramo do agronegócio, a indústria e transformação estiveram muito bem representadas, além dos serviços.

A presença da banca, também foi destacada, permite a sobrevivência de qualquer empresa, com o financiamento.

Para esta edição, indicou, registou-se uma presença positiva da maior parte dos bancos, sinónimo de que a província de Benguela interessa muito para este segmento (banca).

"A banca esteve presente na FIB com o objectivo de informar os projectos que têm de investimento para as empresas, produtos específicos para o desenvolvimento”, disse.

 
Emprego aumentou

Pelo menos 2 mil empregos, entre directos e indirectos, foram gerados pela organização da 13ª Edição da Feira Internacional de Benguela (FIB).

O gestor disse que além dos empregos directos e indirectos gerados pela organização, os expositores também criaram outros postos de trabalho.


Solução para o agronegócio

Painéis solares para as fazendas, bombas de água, iluminação pública com soluções apropriadas para o agronegócio foram apresentados pela empresa SISTEC, durante a 13ª Edição da Feira Internacional de Benguela.

O director da empresa em Benguela, Emanuel Rodrigues, disse que durante o certame houve bastante interesse de empresários, expositores e população em geral em conhecer as soluções apresentadas.

Segundo o responsável, as soluções contribuem para a redução dos custos operacionais, que bem aproveitadas pelas empresas que actuam no ramo do agronegócio, criam vantagens, incluindo a redução dos custos ligados à energia.

No sector da Energia, as soluções são ecológicas e contribuem para a redução da pegada ecológica, principalmente no meio rural.

"Nas fazendas, a solução actual passa pelo uso de geradores a combustível, que são poluentes ao meio ambiente”, esclareceu, acrescentando que, com estas soluções, "contribuímos para a redução dessa poluição”.

Relativamente às telecomunicações, a SISTEC apresentou durante a FIB uma solução de Internet via satélite (sistema Vsat).

Este sistema, disse a fonte, permite ter acesso à Internet em qualquer parte de Angola, especialmente nos sítios onde os provedores tradicionais ainda não estão implementados.


Empresas  mostraram potencialidades

As empresas que actuam no ramo do agronegócio apareceram em grande na 13ª edição da Feira Internacional de Benguela (FIB).

Entre as empresas, apurou o Jornal de Angola, consta a INDU-Agri Angola, com sede na comuna do Dombe Grande, município da Baía Farta, província de Benguela.

O proprietário da empre- sa, António Noé, validou o evento, que segundo ele, serviu para trocar experiências e encontrar novos compradores.  Na FIB, a empresa apresentou as hortícolas (cebola, tomate e gindungo), e nas frutas trouxe a melancia e meloa. A fazenda possui 31 trabalhadores efectivos e 170 eventuais. 

As vendas poderão aumentar, mediante a procura registada, sobretudo, dos compradores das grandes superfícies, não só de Benguela, como também de Luanda, Huíla e outras.

Actualmente, a empresa INDU-Agri trabalha numa área de 60 hectares para as hortícolas, feijão e milho.

No Dombe Grande, indicou, a produção é feita todo o ano. A chuva cai pouco no Dombe Grande, mas o lençol freático é permanente, o que facilita na utilização do sistema de fertirrigação (gota-gota).

Em média, explicou, a empresa colhe mais de mil toneladas de produtos diversos, entre milho, feijão, tomate, cebola e fruta durante o ano. A preocupação reside na falta de energia e logística de conservação dos produtos, para atender as fases de carência para regular o mercado.

O gestor enalteceu os programas do Executivo angolano, que visam o financiamento do agronegócio, apesar de nunca ter, ainda, se beneficiado, assegurando que seja um dos contemplados, porque decorre, junto do Banco de Desenvolvimento Angola (BDA), há mais de três anos o seu pedido.

O produtor, bastante conhecido na província de Benguela, como um dos maiores produtores de feijão, disse que com o financiamento, vai ser possível construir os armazéns de frio para conservação, calibragem e tratamento da produção, para garantir uma alimentação saudável e sustentável.

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