Diz-se que constitui um gesto de fraqueza o exercício de se queixar aos entes e e organizações estrangeiros sobre os problemas da nossa terra, para depois receber como resposta a exortação óbvia segundo a qual “as soluções devem ser encontradas entre vós mesmos”, da mesma maneira como as sucessivas iniciativas externas para acabar com a guerra se comprovaram ineficazes.
A tentativa de golpe de Estado registada na madrugada do passado domingo, 19 de Maio, na República Democrática do Congo, pode ser considerada uma nódoa vertida sobre a manta em que se preparava a celebração do 61.º aniversário da criação da Organização de Unidade Africana (OUA), criada, dentre outros, com o objectivo de unir África e promover o desenvolvimento do continente.
Apesar de prontamente condenada pelo Estadista angolano, João Lourenço, na qualidade de presidente em exercício da SADC, bem como por outros Estados da região, a referida acção evoca a necessidade de reconfiguração do pensamento pan-africanista, na perspectiva de responder aos anseios que motivaram a criação da OUA, mais tarde reconfigurada para União Africana (UA).
A esperança emergida do momento da constituição desse pacto africano abriu,, sem sombra de dúvidas, uma nova era na História do continente também conhecido por Berço da Humanidade, sobretudo em relação à auto - determinação dos povos. Infelizmente, decorridos seis décadas e 12 meses, a principal característica do continente africano ainda não se encaixa no ansiado desenvolvimento integrado e sustentado. África continua mergulhada num poço de infindáveis e complexos problemas de índole política, social, económica e muito mais.
É neste cenário promotor de incertezas que ocorre a celebração dos 61 anos da União Africana, cujos países continuam largamente dependentes dos "comandos” de outras latitudes planetárias, com incidência maior do Ocidente, com quem os africanos mantêm uma relação, cujas vantagens pendem para o outro lado e há muito carecem de uma nova abordagem, visando maior protecção de África e dos seus filhos.
Não constitui, portanto, um acto de anulação da nossa identidade de africanos, se concordarmos com as informações segundo as quais os atrasos que o continente regista em quase todas as manifestações geradoras de mudanças da dinâmica social originam a apetência dos seus naturais pela Europa, América e Ásia, em busca de melhores condições de vida. Conjugada com tantas outras, a realidade acima narrada deve ser encarada como razão de força para o inadiável e necessário apelo aos dirigentes do continente, no sentido de encetarem um volte face para redescobrir África na sua pluralidade de valências, sendo a cultura um vector com influências marcantes em outras geografias. Entretanto, apesar de todo esse cenário complexo, especialistas em Relações Internacionais acreditam que África venha a ser o continente do futuro. Na verdade, a grande diversidade de riquezas naturais, matéria-prima em abundância e a sua densidade populacional, maioritariamente jovem, concorrem para isso.
Para que todas essas variáveis sejam consumadas, o continente precisa de resgatar a sua real identidade e condição de Berço da Humanidade, vencer o paradigma da auto-dependência económica de outras circunscrições geográficas, assim como investir na formação de quadros. De outro modo, África e os africanos continuarão afastados do desenvolvimento esperado e sempre adiado.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginO gorvernador de Luanda, Manuel Homem, chamou a atenção para um ponto crucial: a necessidade de uma maior coordenação entre as acções da estrutura administrativa central e dos órgãos locais, de forma que as orientações recebidas da estrutura administrativa central e as expressas nos instrumentos jurídicos vigentes sejam acompanhadas pelas entidades que actuam no terreno.
Um conceito é uma definição, conceção ou caracterização. Quando os europeus caucasianos, invasores de tudo o que era o mundo, assim que depararam com negros altos, esguios, musculosos e mulheres também esbeltas, de seios como poemas e olhos como luar, ainda as mãos e os pés. “E agora? Eles têm cor. São negros.
A desistência de Joe Biden, da campanha para a reeleição, em Novembro, representa uma espécie de caixa de Pandora que pode ter um efeito positivo ou negativo para o partido Democrata, um dado que vai ser melhor avaliado em função das disputas políticas e legais, bem como pelos resultados eleitorais.
É preciso explicar que o que se passa nos Estados Unidos da América – a maior potência global – reflete-se em todo o resto do mundo? Isso é óbvio. Por isso, as eleições americanas têm consequências que vão muito para além das fronteiras nacionais do referido país.
Pela primeira vez, quatro mulheres estão habilitadas para operar máquinas pesadas na mina de Catoca, depois de concluírem um estágio profissional interno ministrado pela Academia, informou, na quinta-feira, o técnico de Alianças e Parcerias, Emídio Sacomboio.
O Conselho de Ministros aprovou, esta sexta-feira, a Proposta do Regime do Jurídico do Cofre Geral dos Tribunais, documento que vai solidificar a autonomia administrativa e financeira dos tribunais da jurisdição comum e da Procuradoria-Geral da República.