Cultura

Sucessos de Justino Handanga marcam abertura do festival

Adilson de Carvalho | Sumbe

Jornalista

O primeiro dia do Festival Internacional de Música do Sumbe (FestiSumbe), que no novo formato vai na sua segunda edição, arrancou, sexta-feira, na Marginal do Sumbe, em alusão aos 68 anos da elevação do Sumbe à categoria de cidade, ocorrida a 28 de Maio de 1956, durante a vigência do sistema colonial e quando a cidade se chamava Novo Redondo.

27/05/2024  Última atualização 07H51
Mister Dembo artista local cativou o público com “Minha Mulher”,Ângelo Boss considera positiva o intercâmbio com novos valores © Fotografia por: Adilson de Carvalho | Edições Novembro | Sumbe

Com início às 23 horas,  a II edição do FestiSumbe teve uma notoriedade singular, por ter iniciado com uma homenagem ao músico Justino Handanga, falecido no passado dia 18 de Março, em Luanda, com a banda Geração Nova a interpretar os grandes sucessos do músico, destacando-se a canção "Paulina", música que merecia grandes referências do cantor em palco.

Feita a homenagem, e com o ambiente já aquecido, Almir Agria, que integrava o dueto dos apresentadores do espectáculo musical,  chamou ao palco Fedy Kalupeteca para fazer as honras da casa, sacando do seu repertório a música "Namoro de brincadeira”, um tema já conhecido, e na simbiose entre o artista e o público criou um ambiente de grande euforia.

Fedy Kalupeteca provou que é senhor do palco, mas também querido pelo público do Cuanza-Sul e não só.

O tempo já era de grande euforia quando Mister Dembo, um músico da casa, entrou em cena, sempre ovacionado pelo público, para encantar os convivas com a música "Minha Mulher”. No final da  actuação mostrou-se satisfeito por fazer parte do festival. "Para mim, é uma oportunidade única, porque constitui um momento de partilhar o palco com artistas de renome no music hall nacional, como Ângelo Boss, Fedy Kalupeteca e tantos outros”, frisou, tendo parabenizado a organização por ter incluído os músicos locais na grelha de artistas para abrilhantar o festival.

Man Sembila, outro artista nascido na província do Cuanza-Sul, subiu ao palco dando continuidade ao ambiente festivo já aquecido, e o público não ficou indiferente quando interpretou as músicas "Garinas de marca” e "Sabina”.

Já era meia-noite quando a artista Edna Mateia, uma voz do Planalto Central, mostrou que tem dotes  para encantar o público, quando entre outras canções interpretou o tema "Para Ti Mulher”.

Os momentos seguintes foram marcados pelas actuações de artistas locais, com destaque para o músico gospel Irmão Samuel Pacot. Outros estilos musicais, com DJ Keen e Vadox Que Cuia.

Carlos Albano, proveniente de Benguela, subiu ao palco do FestiSumbe numa altura em que a população estava ao rubro, seguindo-se a actuação do músico Vavá, que também é do Cuanza-Sul, interpretando a música "Vizinha Loló”, um tema que elevou ainda mais os ânimos do público.

Já era meio da madrugada  quando foi chamado ao palco o músico Ângelo Boss, que tirou da cartola sucessos como "Big Boss” e "O Kimbo Kuya”, para elevar o volume de euforia do público presente na Marginal da cidade do Sumbe.

Após a actuação, Ângelo Boss considerou o FestiSumbe um festival de marca internacional, por congregar numa simbiose harmoniosa músicos consagrados com novos talentos, o que serve para motivar a nova geração. "É um dos festivais que coloca músicos da nova geração sem desprimor da crença religiosa ou política, o que é de grande valor para a cultura nacional”, disse.

Ângelo Boss considerou o palco internacional de música do Sumbe como uma via para a atracção turística para o município, em particular, e a província em geral.

Com o público já em êxtase, Gato Vaiola, que tem uma legião de fãs no Cuanza-Sul, subiu ao palco, para a seu jeito fazer vibrar o público, quando acompanhou a música "Cuidado com esse mwadié”, mas não era o fim da noite para os presentes. Os músicos locais Marcelo Amável, Lil Trace, Pai Nosso e Genilda Muto deram o ar da sua graça.

Já eram duas horas da madrugada quando Tio Cardoso, conhecido como rei da música e estilo  tradicional katambi, acompanhado dos seus vibrantes dançarinos deixou o público aos saltos, quando interpretou as canções "Kiassabalo” e "Monami Ussombili”.

Seguiu-se o grupo local GVIP, do estilo musical Rap e depois , Ronaldo Jesus.

O grupo Família do Brasil, do estilo kuduro, que ao som do DJ Cabo demonstrou a popularidade deste estilo musical e de dança no seio dos jovens,  proporcionando um encerramento em apoteose.  

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