A localidade conta, neste momento, com apenas um único ATM, instalado pelo Banco de Poupança e Crédito (BPC), que está a atender os mais de 50 mil moradores do projecto habitacional, o que representa uma verdadeira "gota de água no oceano”, de acordo com depoimentos obtidos pela nossa reportagem.

Stélvia Chivanja, moradora, afirmou que os inquilinos da centralidade encontram sérias dificuldades para efectuarem operações de levantamento de dinheiro, pagamentos, transferências ou mesmo consultas de numerário.

O único Multicaixa não tem tido capacidade de atender a procura e o recurso tem sido os ATM do centro da cidade. "Por ser o único, o ATM dificilmente tem dinheiro ou pelo menos papel, porque é onde todos vão dar para efectuar as suas operações bancárias”, sublinhou.

À falta de ATM na centralidade junta-se também a ausência ou exiguidade da actividade comercial, como lojas, farmácias e bancos comerciais, serviços que todos os dias são procurados na cidade do Lubango, a 22 quilómetros, ou em mercados paralelos próximos.

O administrador da centralidade da Quilemba, Henriques Vie, adiantou que três bancos comerciais visitaram a Administração do projecto habitacional nos últimos seis meses para manifestar a intenção de instalar na localidade centrais de ATM.

Henriques Vie disse que a centralidade tem espaços reservados à actividade comercial, que só não foram cedidos aos agentes económicos interessados em instalar negócios devido à dependência, até há bem pouco tempo, da gestão de uma empresa de grande porte.