A actividade, organizada pela Cooperativa dos Artistas da Huíla, começa com uma exposição de artes plásticas e artesanato, e a mostra de pratos típicos da gastronomia do continente africano. No período da tarde, sessões de dança, teatro, música, declamação de poesia, ilusionismo e desfile de moda vão preencher o palco do Centro Padu, situado no bairro da Lalula.

O centro festeja pela primeira vez o Dia de África e o evento serve, também, para comemorar o segundo aniversário de existência do espaço, inaugurado a 20 de Maio de 2022, pelo governador Nuno Mahapi Dala.

Hilma Silva, estilista e coordenadora do "Bem-vindo a África”, referiu que os artistas estão todos bem instruídos e bem orientados para as suas intervenções, com base no programa previamente estabelecido. O acesso depende de ingressos, vendidos ao preço de mil kwanzas, nesta primeira edição, "por não termos o patrocínio que nos poderiam ajudar na compra de alguns materiais que vamos usar”. Para a produção do evento, os custos "são enormes”, disse, pois todas as despesas desta primeira edição foram suportadas pelos membros do Centro. Os organizadores da iniciativa pretendem institucionalizar o "Bem-vindo África”, para que seja anual, porque a Cooperativa dos Artistas da Huíla, que integra o Centro, tem uma agenda de trabalho semestral e anual, e a intenção é que o dia 25 não fique fora da agenda daquele espaço cultural.

Para o Centro, "a data tem uma extrema importância por formar e lançar artistas que se identificam com as artes viradas ao nosso continente e por dar prestígio à nossa cultura”.

Nas próximas edições, a estilista frisou que vão organizar uma festa grande, que se estenda durante uma semana, de 20 a 25 de Maio, "tudo para enaltecer os trabalhos dos criadores membros da Cooperativa dos Artistas da Huíla, em que haveremos de festejar o aniversário do Centro e comemorar o dia do continente-berço da

humanidade”. Para os artistas, aconselhou a lembrarem a data e a se juntarem a uma causa como esta em que todos podem levar avante os valores de África.

"O nosso maior desejo é que nesse dia a sociedade aprenda a viajar dentro daquilo que são as nossas culturas, para não nos perdermos em qualquer parte do mundo onde estivermos”, destacou.

E, como mensagem para os artistas africanos e para sociedade, em geral, apelou para que abracem o projecto "Bem-vindo a África”, e que a data seja comemorada sempre da melhor maneira, porque "é neste dia que temos o dever de saber mais profundamente sobre a história e a cultura dos outros países que fazem parte do continente africano”.