A administradora Municipal de Luanda, Milca Caquesse, reforçou sexta-feira, a necessidade e importância do engajamento que as comissões de moradores na aplicação e sucesso das acções governamentais.
O ministro das Telecomunicações Tecnologais de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, mostrou-se satisfeito com a participação dos jovens no Angotic 2024 e apelou às empresas a apostarem na juventude.
A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, participa, na manhã de hoje, na Campanha de Plantação de Mangais, na comunidade do Tapo, Ramiros, em Luanda.
O Dia Mundial das Zonas Húmidas foi celebrado, pela primeira vez, em 1997, na sequência da criação da Convenção de Ramsar, de que Angola passou a ser parte em Outubro de 2021, tendo como propósito promover uma séria reflexão sobre os locais húmidos.
No quadro do processo de adesão de Angola à Convenção de Ramsar, foram identificados onze "sítios Ramsar de Angola”, três dos quais localizados em Luanda, nomeadamente no Saco dos Flamingos, Lagoa do Calumbo e Lagoa da Quilunda.
Constituem, igualmente, zonas húmidas as Lagunas do Mangal do Lobito, em Benguela, Lagoa do Arco (Namibe), Parque Nacional de Cameia (Moxico), Complexo das zonas húmidas da Lagoa do Carumbo (Lunda-Norte), Praia de Santiago (Bengo), Lagoa do Mangal do Chiloango (Cabinda), Baixo Cuanza (Luanda-Bengo) e o Complexo das zonas húmidas do Kumbilo-Diríco (Cuando Cubango).
No âmbito da Convenção de Ramsar foi criada a lista das áreas húmidas de importância internacional, na qual constam o Rio Negro, no Brasil, o Nigri, na República Democrática do Congo, e o Sudd, maior pântano no Sudão, entre outras zonas.
As
zonas húmidas cobrem 6 por cento da superfície terrestre, mas oferecem vários
serviços ecossistémicos, sendo locais de reprodução de 40 por cento de todas as
espécies vegetais e animais do mundo.
Executivo renova compromisso
A ministra do Ambiente reiterou ontem, em Luanda, o compromisso do Executivo em desenvolver esforços para a protecção e conservação das zonas húmidas, em todo o país, com maior foco nos mangais, que têm sofrido várias pressões antropogénicas (acções desenvolvidas pelo homem).
Ana Paula de Carvalho discursava na abertura da Conferência Nacional sobre a Importância dos Mangais no Combate às Alterações Climáticas, realizada por ocasião dos dias Mundial das Zonas Húmidas, que hoje se assinala, e Nacional do Ambiente, a 31 de Janeiro.
A governante reconheceu que, a nível do país, os mangais precisam urgentemente de restauração e protecção, destacando os localizados nas províncias de Cabinda, Zaire, Bengo, Luanda, Cuanza-Sul e Benguela.
Para Ana Paula de Carvalho, sendo os mangais ecossistemas naturais tropicais, compostos por espécies de plantas que toleram água salgada, geralmente localizados em áreas costeiras, são considerados "ecossistemas de carbono azul”, bem como ervas marinhas e pântanos de sal, porque são mais eficientes em absorver e armazenar grandes quantidades de carbono, em comparação com os ecossistemas terrestres.
De acordo com a ministra, este facto torna-os essenciais para o combate às mudanças climáticas, mas lamentou o facto de estarem sob enorme risco de destruiçao, devido às actividades humanas. "Essas zonas, tanto a nível nacional, como internacional, têm sofrido várias pressões atropogénicas, que levaram ao desaparecimento de mais de 35 por cento, desde a década de 1970”, revelou.
A ministra salientou que estes desafios levam todos a ter de repensar a maneira de ver as zonas húmidas. "E preciso diminuir o impacto das actividades antropogénicas, pois investir na utilização sustentável das zonas húmidas significa investir no nosso futuro e da humanidade”, exortou.
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