Cultura

Grupo Tuwizana apresenta peça sobre vida e obra da Rainha Njinga

Gil Vieira

Jornalista

O Grupo Teatral Tuwizana reviveu sábado, na Liga Africana, em Luanda, a infância e juventude da Rainha Njinga Mbande, uma figura incontornável na História de Angola, de forma a saudar o Dia de África, assinalado a 25 de Maio.

27/05/2024  Última atualização 10H20
Os actores encenaram algumas das características da Rainha © Fotografia por: DR

A peça, inspirada nos três livros da colectânea "Njinga Mbande", de John Bella, segundo o director artístico do grupo, José Gabriel, retrata o percurso da Rainha do Reino do Ndongo e da Matamba, desde o nascimento até ascender ao trono.

Algumas das características principais da heroína, disse,  a inteligência, resiliência, capacidade de juntar as pessoas para lutar contra a penetração estrangeira e de  união dos povos, foram bem mais exploradas pelo elenco artístico, constituído por 35 actores.

"A sua capacidade de negociação com os portugueses para a paz no Reino do Ndongo, o litígio com o irmão por causa do poder, bem como todos os dissabores que viveu até ascender ao trono foram destacados nesta peça", sublinhou.

De acordo com José Ga- briel, o grupo trouxe como proposta realçar, sobretudo, a infância de Njinga Mbande, visto que no entender da agremiação tem sido muito pouco explorada.

O responsável afirmou também que, por se tratar da celebração do Dia de África, era fundamental que a classe artística  trouxesse histórias ricas em conhecimento, principalmente que envolvem figuras que sempre colocaram a africanidade em primeiro lugar.

Segundo o director artístico do grupo Tuwizana, a Rainha Njinga Mbande representa  a africanidade, por isso é necessário que a sua vida e obra continuem a ser contadas às presentes e futuras gerações, de forma a que a história não se apague nunca.

Na peça, que foi exibida em 50 minutos, a organização exigiu que os amantes das artes se dirigissem ao local com um acessório que representasse África, o que foi feito.

Quanto ao Dia de África, que é comemorado desde 1963, José Gabriel afirma que deve continuar a ser valorizado, preservado e comemorado da melhor maneira possível.

O responsável acredita que o dia deve servir para reflexão por cada africano, de forma a aferirem se as suas acções têm contribuído para o desenvolvimento do continente berço da humanidade.

Para finalizar, o director artístico mostrou-se satisfeito com a exibição da peça, porque foi a primeira vez que o grupo se desafiou em apresentar algo de tamanha dimensão cultural e histórica.

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