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Burkina Faso: Junta Militar prolonga transição até 2029

O regime militar no poder, no Burkina Faso, desde o golpe de Estado de Setembro de 2022 vai prolongar a transição à frente do país por mais cinco anos, segundo uma decisão aprovada, domingo, e que consta de uma carta aprovada, igualmente, domingo, pelos participantes numa conferência nacional, em Ouagadougou, na qual se afirma que "a duração da transição é fixada em 60 meses a partir de 2 de Julho de 2024", declarou o coronel Moussa Diallo, presidente do comité organizador do encontro, citado pela AFP no final dos trabalhos.

27/05/2024  Última atualização 09H38
© Fotografia por: DR

O Presidente da Junta, Ibrahim Traoré, poderá também candidatar-se às "eleições presidenciais, legislativas e autárquicas que serão organizadas para pôr termo à transição", acrescentou. A conferência nacional contou com a presença de representantes da sociedade civil, das Forças de Defesa e Segurança e de membros da assembleia de transição. A maioria dos partidos políticos tradicionais boicotou o evento.

Na carta assinada por Traoré são suprimidas as "quotas" atribuídas aos partidos políticos para os lugares de deputados na Assembleia Legislativa de transição e o "patriotismo" é um critério para se ser membro desta assembleia ou do Governo. O Burkina Faso, assolado por uma violência jihadista recorrente que já custou milhares de vidas durante quase dez anos, foi palco de dois golpes militares em 2022.

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