Opinião

Números concretos da viagem de João Lourenço aos EUA

Historicamente, as relações entre Estados, baseadas em contratos e constituindo o objecto do Direito Internacional Público, são, geralmente pacíficas no interesse comum, embora possam ser perturbadas a dado momento e por determinada razão.

14/05/2024  Última atualização 08H38

É nesta teoria que, em parte, se funda o mundo das Relações Internacionais, feito por homens e para homens, para os quais os Governos têm direccionado o fim único da sua função. Enquadramos, no espírito de que a governação visa a busca de soluções para satisfação dos anseios dos cidadãos, a última visita que o Presidente João Lourenço realizou aos Estados Unidos da América, sobretudo pelos números concretos que a visita produziu. Importa referir, a título excepcional, os encontros de trabalho que o Estadista angolano manteve com homens de negócios, dentre eles os responsáveis da Coca Cola e da Boeing, multinacionais cujas folhas de rosto dispensam  comentários adicionais.

Mas é de todo útil fazer referência particular à intenção revelada por responsáveis da Coca Cola que, no desempenho da sua missão em solo angolano, pretende contar com o açúcar produzido internamente.

Em relação à Boeing, escusado é dizer, pois a história regista um "casamento” entre Angola e a referida empresa, que é tão somente a responsável pelo que de melhor o país tem em termos da frota de aeronaves da companhia de bandeira, TAAG, que está em vias de adquirir mais aviões da fabricante norte-americana.

De outros números concretos conseguidos na visita do Chefe de Estado, destaca-se o anúncio de disponibilização de 872 milhões de dólares norte - americanos, que deverão ser usados para potenciar o sistema de energias renováveis, concretamente para a construção de duas centrais eléctricas de energia solar que, no quadro das acções de protecção do meio ambiente, é uma preocupação inscrita na agenda política de todos os Estados.

Na mesma senda, com laivos de satisfação, serão disponibilizados 450 milhões de dólares, destinados para investimentos  em infra-estruturas de construção civil, com realce para a construção de 186 pontes, equipamento social de que o país muito necessita para a sua efectiva ligação por terra e, consequentemente, reforçar a circulação de pessoas e bens. Não menos importante foi o anúncio dos cerca de 40 milhões de dólares para projectos de expansão do sinal de Rádio, modernização de estúdios e outras acções conexas.  Neste particular, para os operadores da comunicação social angolana, a alegria se multiplica, pela possibilidade de ser dado um passo concreto em torno da expansão do sinal de rádio, uma questão que já enferma de velhice, com inúmeras estórias e estorietas em volta dela.

Em torno destes números, os angolanos têm motivos suficintes para se regojizarem com os resultados da visita efectuada pelo Presidente João Lourenço, que regressou com números concretos e, mais ainda, com a promessa de que os valores citados serão desembolsados entre 30 e 90 dias após a assinatura dos acordos em Dallas.

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