A exposição da colecção de quadros "as pinturas de Matondo", a ter lugar, quarta-feira, na Galeria Tamar Golan da Fundação Arte e Cultura, marca a celebração de mais de 48 anos do artista plástico, Matondo Alberto.
O Cine São Paulo, em Luanda, acolhe, de 15 de Junho a 28 de Julho, o Festival Multidisciplinar, sob o lema "O Futuro já Era", com uma variedade de exposições de arte, como teatro, cinema, música, humor e diversas acções culturais.
O livro “Casa Comum” do escritor Kaio Carmona vai ser analisado, no sábado, a partir das 14h00, na terceira edição do Handyman Clube de Leitura, na Biblioteca Despadronizada Contr’Ignorância, em Luanda. A conversa será moderada pela ensaísta Edmira Cariango e Dilson Maria, coordenador do projecto.
O coordenador da biblioteca, Adilson Gonçalves, disse, ontem, ao Jornal de Angola, que a "Handyman Clube de Leitura” é uma rubrica da Biblioteca para um público juvenil e consiste num debate que os jovens e adolescentes têm com escritores conceituados no mercado nacional.
"O encontro é bimensal, durante o qual os jovens e adolescentes têm um contacto directo com os escritores e juntos trocam experiência de um dos livros do convidado. Os membros do Clube de Leitura fazem a epístola da obra e posteriormente interpretam-na”, referiu.
Um dos grandes objectivos da rubrica, explicou, é promover de forma contínua o hábito de leitura junto dos jovens e adolescentes, através da narração de histórias e conversas com escritores para estimular o gosto pela leitura e pela escrita literária.
"Neste encontro, decidimos convidar o escritor e professor Kaio Carmona para passar as suas experiências aos jovens e amantes da literatura. A conversa vai ser à volta do livro ‘Casa Comum’”.
Um dos grandes interesses da Biblioteca Despadronizada Contr’Ignorância, sublinhou, é de quebrar as barreiras enganadoras que existem entre os leitores e os escritores. "Um outro ponto é fazer valer que as obras dos autores angolanos têm sido lidas, estudadas e utilizadas como base para o exercício didáctico”.
Para a ensaísta Ana Cecília Carvalho, o livro "Casa Comum” apresenta de forma detalhada como podemos fazer parte da obra.
"Todo o ser vivente tem uma casa comum, onde partilha vivências com os seus entes queridos, em como construir a sua felicidade, aconchego, a residência chega a ser um local de encontros e desencontros”.
Uma casa comum, referiu, supera a teoria da parede, do espaço fechado e limitado, "é e deve ser a ideia de compartilharmos emoções”.
Segundo Ana Cecília de Carvalho, o livro apresenta uma metáfora sobre os efeitos de constatação importante, aludida na epígrafe de Goethe, tornando-se num elemento insuportável no relacionamento.
O escritor Kaio Carmona disse que escreveu a obra com um espírito poético e uma voz singular no cenário actual da literatura no Brasil. "A ‘Casa Comum’ deixa uma forte emoção ao leitor do início ao fim”, disse.
Kaio Carmona é escritor, poeta e professor na Universidade Agostinho Neto e no Instituto Guimarães Rosa em Luanda, Angola (CCBA). Doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicou, entre outros, os livros "Para Quando” (2017), "26 poetas em Belo Horizonte de Ontem” (2020) e "A Casa Comum” (2020).
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