Félix João Fula, seu nome de registo civil, é filho de Francisco Fula e de Eva Capemba. Nasceu no dia 26 de Setembro de 1966 no bairro Kipungo, comuna de Quibaxe, município dos Dembos. Ele é Sua Alteza Príncipe dos Dembos e abriu as portas do Lumbo (“sala de visita”) para o Jornal de Angola.
Alejandro Guillermo Verdier regressa, hoje, a Buenos Aires, depois de ter estado durante três anos em Angola, como embaixador da Argentina. Convidado pelo Jornal de Angola a fazer um balanço sobre o seu mandato e do que mais o impressionou no país, o diplomata teceu rasgados elogios aos angolanos. “Levo comigo a imagem de um povo extremamente afável e com virtudes”, afirmou o embaixador que, durantea entrevista, destacou as realizações enquanto representante do Estado argentino em Angola. Também assumiu um fracasso: o facto de não ter conseguido convencer Lionel Messi a visitar o país
Treinador do FC Bravos do Maquis asssegura existir no clube condições para a realização de um bom trabalho
Mário Soares, técnico do FC Bravos do Maquis, do Moxico, reconheceu, em entrevista ao Jornal de Angola, em Benguela, que apesar de a direcção solicitar o título do Campeonato Nacional da I Divisão, nesta época, continua na fase de reestruturação e tal desiderato poderá ser atingido nas épocas subsequentes.
Segundo o timoneiro maquisarde, é normal o clube exigir o título, mas, defende, primeiro, a estruturação da equipa para alcançar tal objectivo.
"Para 2023/2024 não vou contrariar aquilo que são os intentos da direcção, mas sinto que não é possível”, reconheceu. Atente a entrevista que se segue:
Esta é a segunda época no comando da equipa. Que FC Bravos do Maquis encontrou?
Encontrei
um Bravos do Maquis diferente da minha maneira de jogar. Cada treinador tem as
suas ideias. Ainda assim, encontrei uma equipa altamente competente, mas hoje
tem uma ideia de jogo completamente diferente. Não quero dizer que encontrei um
Bravos do Maquis pior que este. Não! Apenas diferente.
Acha que as ideias que tem implementado já estão a funcionar no plantel?
As minhas ideias já começaram a fazer sentido dentro do clube. Os jogadores e equipa técnica vamos nos compreendendo melhor. Neste particular, quero, sobretudo, destacar os atletas que já estão a compreender aquilo que são as nossas ideias de jogo, mas sempre com a consciência de que precisamos melhorar ainda mais.
Temos
que trabalhar, porque há muita coisa onde precisamos ainda crescer, para termos
uma equipa muito competente. É isso que queremos e estamos a fazer, pois
queremos aquilatar a equipa.
Sente-se feliz em treinar o FC Bravos do Maquis?
Tenho
todas as condições de trabalho. A direcção de uma ou de outra forma tem apoiado
aquilo que são as nossas exigências. Claro que há coisas mais complexas, mas
naquilo que a direcção pode dar, dentro das suas possibilidades, sempre
cumpriu.
Se dependesse apenas das condições, a equipa estarianuma melhor posição no campeonato?
Reconhecemos que qualquer clube tem alguma dificuldade, isso é indiscutível. Encontrei no Bravos do Maquis uma entrega total, a partir da direcção e à massa associativa. Há uma disponibilidade total para com a equipa de futebol. Só não contamos com o que está fora do alcance do clube. Por isso, não tenho outra alternativa.
Sinto-me
feliz, porque a direcção está sempre preocupada em melhorar o plantel e
conseguir jogadores dentro das condições financeiras que o clube tem, sempre
com objectivo de fazer a equipa crescer. Então, não tenho outra forma de me
posicionar, estou feliz com a minha estadia no Moxico.
Falou dos apoios que recebe da direcção. Ainda assim, disse que há necessidade de aquilatar a equipa. O que é preciso fazer para que tal desiderato seja alcançado?
Na qualidade de treinador, somos sempre exigentes. Nós, muitas vezes, verificamos, em qualquer paragem, um jogador que depois acaba por não nos dar o que pretendemos. Conforme digo, as substituições são como as melâncias. As contratações também.
Há
jogadores que mesmo após um scouting prolongado é dado um indicativo e quando
chega há um período de adaptação, que pode demorar, e depois não satisfazer. Com essa falha, às
vezes, obriga o clube voltar ao mercado para conseguir alternativa naquilo que
a equipa pode estar menos bem. Em alguns sectores precisamos de um ou outro
jogador.
Há algum exemplo de demora na adaptação?
Contratamos
um jogador em função dos bons indicadores
que apresentou, porém, desde à pré-época até ao momento ainda não
conseguiu se adaptar. Ele está aí, porque temos de cumprir com o contrato.
Precisamos de um jogador nesta posição. É com este princípio que devemos
melhorar sempre a qualidade do nosso plantel. É claro, uns vão ter que sair e
outros entrar, mas, procurar, sempre melhorar o nosso plantel.
Quer isto dizer que o plantel continua aberto?
De facto, é verdade. Ainda temos o plantel aberto. Aliás, a vida é assim mesmo. Nós podemos ter 30 jogadores e depois dispensar alguns para entrar outros. É sempre assim. O plantel está em aberto, porque nós, equipa técnica ou treinadores, sentimos que precisamos melhorar nesta ou noutra posição. Queremos jogadores que possam proporcionar outra qualidade. Sentimos que na segunda volta seremos obrigados a fazer novas aquisições. Temos a certeza. Estamos alinhados com a direcção para que tal aconteça.
Tinha
de dizer muita coisa, mas é preferível que fique assim. Paulo Torres é um
treinador que me faltou respeito
publicamente. Acredito ser um dos piores
treinadores que conheço. Tenho boa relação de amizade com quase todos os
treinadores do Girabola. Mesmo aqueles que não são meus amigos, mas
profissionalmente os respeito.
Quais são as evidências de falta de respeito?
Paulo
Torres não tem respeito pelo futebol angolano, tão pouco pelos colegas de
profissão. No caso particular, actualmente trabalho no Bravos do Maquis com
cinco elementos que fizeram parte do balneário do Desportivo da Huíla, e dizem
que ele, nem o próprio clube respeita.
O que aconteceu de concreto?
O
bom treinador é aquele que respeita o colega que está ao lado, diferente da sua
prática, porque ele faz gestos obscenos. Aliás, não sou a primeira vítima, porque
há dirigentes também no Girabola que já queixaram-se com gestos obscenos do
mesmo treinador. Paulo Torres não respeita os colegas de profissão. É claro que
cada um está aqui ou lá para defender o seu pão, mas o básico está ali. É
respeitar o colega.
Já procurou se aproximar dele para terminar com o mal-entendido?
Já.
Conversei com ele e procurei fazer as pazes. Aliás, não sou o único treinador a
dizer isso, talvez seja o único a ter coragem de dizer o lado pessoal dele.
Quando um técnico provoca o desemprego de outros, isso é mau.
Esse cenário passou-se consigo?
Não
se passou comigo, mas, há treinadores que se queixam, porque, mesmo sabendo que
numa determinada equipa está lá um colega, na mesma, ele manda cartas a
predispor-se. Quer dizer, a fragilizar o colega de profissão. Com esse tipo de
pessoa, tenho que perder o respeito. Esta é a maneira de Paulo Torres,
então, não tenho como considerá-lo colega de profissão.
É o mesmo que fez com o Desportivo da Huíla?
Não sei. Mas, encontrei cartas noutros clubes que ele mandou e os dirigentes falaram comigo. É o mesmo que fez com a direcção do Bravos do Maquis, pois pretendia trabalhar na equipa. É um treinador sem carácter, mas não devo baixar a cara. Aliás, nem devo pensar que ele existe como profissional.
Qual é a repercussão que isso provoca?
Mancha
a imagem do clube. Ele até está a macular o Desportivo da Huíla que muito
valoriza os treinadores. É um clube por onde passei e conheço os dirigentes.
Creio que a agremiação que representa é muito maior do que todo o mau
comportamento que tem apresentado. Paulo
Torres não o considero profissional. Por
isso, numa determinada altura pedi para que ele respeitasse mais o futebol
nacional que lhe paga os salários.
Além dos aspectos focados, que outros comportamentos tem tido o técnico Paulo Torres?
Quando
um determinado jogador não pode terminar a partida é indigno e nós fomos vitima
disso. Um caso recorrente. O mesmo cenário aconteceu no jogo que o Desportivo
da Huíla fez com o Kabuscorp do Palanca. Um jogador contrário, que tem muita
margem de progressão, saiu lesionado numa situação sem bola. Nem parece que foi
um grande jogador. Aliás, reconheço as suas qualidades como antigo praticante,
porque chegou à selecção do seu país. Mas, como treinador, tem essa deixa.
Perfil
Nome
Mário
Francisco Soares
Lopes
Filiação
António
Francisco Soares e Emília Lopes Carneiro
Naturalidade
Porto-Amboim(Cuanza-Sul)
Estado
Civil
Solteiro.
Vive maritalmente com Patrícia Fernandes
Número
de filhos
Sete
(5 rapazes e duas meninas)
Data
de Nascimento
19
de Abril de 1967
Profissão
Treinador
de futebol
Tipo
de licença
Licença
B - Cofederação Africana de Futebol (CAF)
Actual
equipa
FC
Bravos do Maquis
Clube
em Angola
Clube
que eu estiver a
representar
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