O acordo assinado, esta quarta-feira, em Pyongyang, entre a Coreia do Norte e a Rússia prevê a prestação de assistência mútua em caso de agressão, anunciou o Presidente russo, Vladimir Putin.
Um tribunal de Teerão condenou esta terça-feira a prémio Nobel da Paz Narges Mohammadi a mais um ano de prisão por “propaganda contra o sistema” quando criticou a imposição do véu e apelou ao boicote das eleições legislativas.
O Primeiro-Ministro palestiniano defendeu, domingo, que é necessário a intervenção da União Europeia, da ONU, dos EUA e dos países árabes para criar um Estado palestiniano, porque a Autoridade Palestiniana "não tem um parceiro em Israel" com quem dialogar.
"A situação é muito grave. Há membros do Governo israelita que não nos querem ver, nem como Estado, nem como autoridade, este é o problema", disse Mohamed Shtayyeh à margem da Conferência de Segurança de Munique, que terminou, ontem, na Alemanha.
O Primeiro-Ministro palestiniano acentuou que, pela primeira vez, os palestinianos não têm "um parceiro em Israel" com quem se possam sentar e falar. E quando não há um parceiro não pode haver um processo, é por isso que precisamos da intervenção de uma terceira parte que pode ser a Europa, a ONU, os Estados Unidos ou os países árabes para chegar a uma solução", defendeu.
"Quando as pessoas falam do dia seguinte, não estamos a falar apenas do dia seguinte em Gaza, mas em toda a Palestina, salientou, questionando o seguinte: de que serve controlar as coisas em Gaza se a situação pode explodir na Cisjordânia?", numa alusão à pressão contínua do Governo israelita contra os palestinianos na Cisjordânia.
As declarações de Shtayyeh surgem dias depois de o Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter reiterado a sua rejeição à criação de um Estado palestiniano, salientando que se isso acontecesse, após o atentado do Hamas de 7 de Outubro, no qual morreram 1.200 pessoas, seria a "maior recompensa para o terror, que não tem precedentes e impedirá qualquer futuro acordo de paz"
Na conferência, o Primeiro-Ministro da Autoridade Palestiniana admitiu ainda ser possível um acordo com o grupo islamita Hamas, mas apenas se seguir os princípios da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que são "muito claros".
"Se o Hamas estiver disposto a procurar uma fase comum connosco, nós estamos dispostos. Se não estiver, é uma história diferente. Mas precisamos da unidade palestiniana", defendeu num painel da conferência sobre o futuro das relações israelo-palestinianas.
"Não vamos para o terreno deles. Queremos que eles venham para o nosso terreno. O nosso terreno é muito claro", disse, considerando que "os palestinianos têm de estar debaixo de um mesmo guarda-chuva".
Mas, ressalvou Shtayyeh, "para que o Hamas seja membro da OLP, há certas condições prévias. Se não conseguirem cumprir esses pré-requisitos (...) , então a história é outra".
Avançou ainda que não estão a falar directamente com o Hamas, mas recordou o convite da Rússia para uma próxima reunião de todos os grupos palestinianos, onde poderão ter lugar conversações.
Palestina é um Estado de jure que reivindica soberania sobre os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza e que designa Jerusalém Oriental como sua capital, apesar de seu centro administrativo estar localizado na cidade de Ramallah. A sua independência foi declarada a 15 de Novembro de 1988 pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
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