O secretário do Bureau Político do MPLA para Organização e Inserção na Sociedade, Gonçalves Muandumba, advogou, ontem, em Cabinda, a necessidade dos militantes se empenharem, afincadamente, nas actividades político-partidárias, aproximando o partido às comunidades, passando a informação real sobre os vários programas sociais que o Governo está a executar em prol do bem-estar das populações.

Gonçalves Muandumba falava à margem da intensa actividade político-partidária que efectuou à província de Cabinda, no âmbito das acções constantes na directiva do partido de maior aproximação às estruturas de base do MPLA.

 Em declarações à imprensa, no fim da visita, o secretário do Bureau Político do MPLA esclareceu que a sua presença na província de Cabinda se deveu às orientações do líder do partido, João Lourenço, de maior interacção com as bases.

Gonçalves Muandumba tomou nota das preocupações dos militantes e apelou à calma, argumentando que o MPLA está atento às situações e tudo fará no sentido de, paulatinamente, resolver os problemas do povo.

Apelou aos militantes, simpatizantes e amigos para que continuem como sempre com o partido, porquanto os militantes, simpatizantes e amigos devem comungar os ideais do partido e não se deixar levar por interesses e benesses. "O militante é aquele que está no partido em todos os momentos, nos bons e nos menos bons ”, disse.

Durante a estada em Cabinda, Gonçalves Muamdumba deslocou-se aos quatro municípios da província (Cabinda, Cacongo, Buco-Zau e Belize), onde se inteirou do funcionamento dos Comités de Acção do Partido (CAP) nas comunidades, assim como da situação sócio-económica da província.

Disse à imprensa que os quatro dias de trabalho à província mais a Norte do país foram bastante produtivos, tendo interagido com os militantes e se informado dos problemas que as estruturas de base enfrentam.

Entre as várias preocupações apresentadas pelos militantes, disse, destacam-se a situação da falta de formação, vias de acesso entre as aldeias, promessas não cumpridas, nomeação de militantes para diversos cargos sem o aval das estruturas de base onde militam (CAP), entre outros.

Os militantes queixaram-se, também, da falta de fluidez na transmissão de algumas recomendações tomadas nas principais estruturas do partido, tanto a nível nacional, provincial e municipal, relativamente às questões abordadas nas reuniões. Ou seja, os desfechos desses encontros do partido, a nível superior, não chegam às bases, facto que, para os militantes, os torna vulneráveis e sem capacidade de argumentação diante dos opositores.

Bernardo Capita e Pedro Vicente | Cabinda