A exposição da colecção de quadros "as pinturas de Matondo", a ter lugar, quarta-feira, na Galeria Tamar Golan da Fundação Arte e Cultura, marca a celebração de mais de 48 anos do artista plástico, Matondo Alberto.
O Cine São Paulo, em Luanda, acolhe, de 15 de Junho a 28 de Julho, o Festival Multidisciplinar, sob o lema "O Futuro já Era", com uma variedade de exposições de arte, como teatro, cinema, música, humor e diversas acções culturais.
O quadro de pintura “Olhar Feminino”, que se destacou, ontem, na primeira mostra individual da artista plástica Marisa Kingica, aberta a compradores, coleccionadores e patrocinadores, foi vendido por 600 mil kwanzas. A obra é resultado da junção de três máscaras e da pesquisa feita em quatro províncias.
As obras da exposição "Olhar Feminino”, patentes na galeria "O Kafucolo 5”, em Luanda, resultam das pesquisas que a artista plástica efectuou nas províncias do Namibe, Huambo, Uíge e Cabinda, e congregam composições à base do figurativo, abstracto e expressionismo, bem como neo-realismo, porque a artista se socorre da geometria em algumas propostas, embora faça isso de maneira em que as formas se apresentam naturais, sem estilização, sejam quadrados, rectângulos, cilindros ou triângulos.
Do conjunto das 16 obras que compõem a exposição, destacam-se os quadros intitulados "Baua”, "Bacama”, "Nkosso”, "Mwana pwo”, "Njingaji”, "Indiferentes”, "Indiferentes 2”, "Eclético”, "Olhar atento” e "Poder Maternal”. Para a construção das obras, a artista utilizou a técnica mista e alguns materiais reciclados, como jornais, tecidos de cera piquel, bujos, luandos e telas.
A cerimónia dedicada a compradores, coleccionadores e patrocinadores contou com a presença de alguns actores da praça nacional e da cantora Anabela Aya, que teceu elogios à artista plástica e encorajou-a a trabalhar afincadamente para obter mais resultados positivos.
Em declarações à imprensa, Marisa Kingica disse que decidiu fazer as pesquisas porque pretendia falar sobre pintura rupestre, mas após visitar vários museus acabou por se interessar em máscaras.
"As máscaras têm o poder de representar a sociedade. A sociedade angolana preserva sempre o que é de raiz, por isso trago esta representação de máscaras e mulheres”, reforçou.
Já a actriz Isabel André, que se interessou por algumas obras, disse que a artista consegue transformar materiais reciclados em arte e trazer determinados objectos ligados à cultura nos quadros. "Existem aspectos muito tradicionais nos quadros, desde as cores quentes e, principalmente, as máscaras, que caracterizam esta exposição”.
"Actualmente, o mundo artístico, em especial do sector feminino, tem estado a evoluir significativamente, os autores de várias disciplinas artísticas têm juntado a ciência e a técnica e o resultado tem sido incrível”, disse a actriz.
O responsável da Galeria Kafunfu 5, Meirinho Mendes, disse que, apesar de ser uma empresa ligada a questões unipessoais, têm trabalhado de forma afincada em conteúdos culturais.
Sobre a artista
Marisa Kingica António "Marisa Kingica” nasceu aos 20de Julho de 1992, em Luanda. É licenciada em Artes Visuais pelo Instituto Superior de Artes (ISART).
Actualmente, trabalha como professora de Técnica de Expressão Artística e História das Artes no Liceu 441, Príncipe José Simão dos Dembos - Kibaxi - no Bengo. Artista visual multifacetada e pesquisadora tem desenvolvido alguns trabalhos de pesquisa na área de pinturas rupestres de Angola.
Marisa iniciou a carreira depois da licenciatura em 2018. Já actuou em áreas como co-produção de filmes, produção e curadoria de exposições, feiras e seminários e foi júri do Carnaval de Luanda 2024 na classe infantil.
Já teve os seus trabalhos artísticos inseridos em vários projectos e galerias, tais como Camões - Angola, Cooperação, Cultura e Língua, Instituto Guimarães Rosa, Skay Galery "ESCOM”, Fundação Arte e Cultura, Siexpo, Casa Museu Óscar Ribas, Museu Militar e Kafukolo 5.
É formadora de Desenho e Pintura para a Área Social da Direcção Municipal da Educação de Luanda (DMEL) e Casa Museu Óscar Ribas, em parceria com a SOGESTER.
É membro dos colectivos de Artes Resiliart Angola, Jovens Artistas de Angola (YAANG), Jovens Artistas do Futuro Angola (JAA), professora de Desenho, Pintura e Expressão Corporal no Clube da Criança da Unitel e professora de Desenho e Pintura na Escolinha Criar e Crescer.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginA Embaixada de Angola na Confederação Suíça promoveu, sábado, na Escola Internacional de Berna, uma exposição que retrata vários aspectos da cultura nacional, no quadro das celebrações do Dia Internacional da referida instituição académica.
O filme de animação “As Aventuras da Princesa Mirábilis– Nas Quedas de Calandula” é, actualmente, o mais premiado no universo das produções cinematográficas nacionais para crianças, ao conquistar o terceiro prémio, recentemente, no Festival de Cinema Latino e Nativo Americano (LANAFF), em Connecticut, nos Estados Unidos.
“A Cassola e o Mostro” é o título do livro infantil da autoria de Isaura Teixeira Afonso de 13 anos, que teve o pré-lançamento, hoje, no pátio da Luanda Antena Comercial (LAC) e contou com a presença de dezenas de crianças.
Familiares, colegas e alunos despediram-se, sexta-feira, no Cemitério do Benfica, em Luanda, do coreógrafo e professor de Dança Sakaneno João de Deus, que faleceu no último domingo, vítima de doença, aos 62 anos.
O Inspector Geral do Estado, João Francisco, defendeu, segunda-feira, no Moxico, que os serviços públicos devem funcionar como uma luz, em que o servidor público saiba que não está aí para servir a sua vontade pessoal, mas para garantir o bem-estar de todos.
A Cruz Vermelha de Angola realizou, domingo, uma campanha de recolha de donativos para levar alegria e esperança às crianças internadas no Hospital Pediátrico David Bernardino, em Luanda.
O governador da província do Zaire, Adriano Mendes de Carvalho, valorizou, segunda-feira, no Soyo, os 5.900 postos de trabalho assegurados para a construção das obras da futura fábrica de fertilizantes, que termina em 2027.