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Governo do Iraque pede fim da missão da ONU

O Iraque solicitou que as Nações Unidas encerrem, até ao fim de 2025, a missão no país para promover a governação e as reformas dos direitos humanos, por ter alcançado passos importante na afirmação do Estado.

12/05/2024  Última atualização 08H01
© Fotografia por: DR

O Primeiro-Ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, disse, na quarta-feira, ao Secretário-Geral da ONU, António Guterres, que não há necessidade da Missão de Assistência das Nações Unidas continuar no Iraque”. "Conseguimos uma série de passos importantes em áreas que se enquadram no mandato da missão das Nações Unidas, tornando-a redundante”.

A missão da ONU é prorrogada, anualmente, pelo Conselho de Segurança, com o mandato actual a expirar no final deste mês.

Na carta enviada à ONU, al-Sudani não se opõe a uma prorrogação de mais um ano, mas defende que a missão deveria concentrar-se em concluir as suas tarefas para garantir um encerramento permanente e a transferência das suas responsabilidades até ao final de 2025.

Criada em 2003, na sequência da invasão dos Estados Unidos ao país, que derrubou o então Presidente Saddam Hussein, a missão da ONU foi encarregada de uma série de objectivos, incluindo a facilitação do diálogo entre vários grupos do país, a assistência na logística eleitoral, a monitorização dos direitos humanos e a coordenação da ajuda em zonas afectadas por conflitos.

O Governo iraquiano adoptou uma série de medidas para libertar o Iraque da presença de organismos internacionais criados após 2003. No início deste ano, o Iraque iniciou discussões para eliminar, gradualmente, a missão da coligação militar liderada pelos Estados Unidos, formada para combater o Estado Islâmico.

Bagdad também decidiu não renovar o mandato da equipa de investigação da ONU para os crimes cometidos pelo Estado Islâmico e solicitou que saísse até Setembro deste ano.

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