"Não podemos continuar a confundir o espaço da prática desportiva com qualquer outra actividade que se realize no perímetro desse espaço. Não podemos continuar a confundir loja com ginásio”, frisou.

A título de exemplo é a cedência de pavilhões para acolher cultos religiosos e espectáculos musicais, resultando em destruição do piso e privando os praticantes do exercício de lazer e recreação.

Para Rui Falcão "há actos no domínio de gestão da coisa desportiva que não devem ser praticados por entidades não vocacionadas em razão da matéria em causa”.

"A responsabilidade de certificar espaços para a prática da actividade física e desportiva tem de competir a quem domina a arte”, frisou, antes de esclarecer a matéria do seu ministério: "Nós não temos competência para certificar supermercados ou embarcações de pesca. Temos isso, sim, conhecimento e competência para avaliar e, sim, certificar espaços onde haja actividade física, bem como os equipamentos, as condições técnicas e os agentes desportivos em serviço no local”.

O ministro alertou as federações nacionais ao cumprimento dos deveres que lhes são inerentes: "Desde o cumprimento dos deveres inerentes às Federações Nacionais, passando pela organização dos campeonatos nacionais e pela nossa participação em competições internacionais, culminando com a organização de eventos regionais, continentais, internacionais e mundiais em nossa casa, muito há para acertar”.

Por outro lado, felicitou as federações pelo "muito” que fazem diante de dificuldades: "Temos o dever de apresentar os nossos parabéns a todas as federações nacionais pelo muito que fazem, sabendo das dificuldades de todo o tipo por que passam para manter viva a prática das suas modalidades”.

O terceiro encontro nacional do Desporto realizou-se no anfiteatro da Academia Venâncio de Moura e contou com mais de 240 agentes desportivos.