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Familiares são obrigados a fazer funerais às pressas

Fernando Neto | Mbanza Kongo

Jornalista

Uma avaria técnica na morgue municipal de Mbanza Kongo, na província do Zaire, desde quarta-feira, obriga os familiares a realizar funerais às pressas.

20/05/2024  Última atualização 09H34
Técnicos continuam a trabalhar para identificar anomalia © Fotografia por: Garcia Mayatoko | Edições Novembro ! Mbanza Kongo

De acordo com o director municipal de Saneamento Básico e Ambiente da Administração Municipal de Mbanza Kongo, Mateus Alberto Malungo, 14 corpos foram removidos para evitar a putrefação e facilitar a reparação da avaria.

Neste momento, quatro técnicos de uma empresa contratada fazem o diagnóstico da avaria das duas câmaras frigoríficas, sendo uma com capacidade para nove gavetas e outra com seis, perfazendo 34 lugares.

Mateus Alberto Malungo realçou que a morgue avariada é a única que atende o município de Mbanza Kongo e, em função desta situação, emitiram um comunicado para os familiares retirarem os corpos dos seus ente-queridos.

O director lembrou que a paralisação da morgue municipal acontece pela terceira vez e, como alternativa, os cidadãos são aconselhados a recorrer às morgues dos municípios do Tomboco, Nzeto ou do Kuimba, que estão localizadas a 140, 230 e 60 quilómetros da cidade de Mbanza Kongo.

"Pedimos as nossas sinceras desculpas à população pelos constrangimentos causados devido à avaria da morgue municipal. Não sabemos quanto tempo vai levar para ser superada”, disse.

Apesar da situação, Mateus Alberto Malungo tranquilizou a população e aproveitou a ocasião para anunciar a construção de uma nova morgue municipal, com capacidade para três câmaras, de 12 gavetas cada, no bairro 11 de Novembro, com recursos do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), que aguarda por apetrechamento.

"Temos consciência de que a actual morgue, apesar de estar avariada, não responde à demanda, uma vez que a sede municipal conta com 170 mil habitantes, de acordo com o Censo Geral de 2014”, salientou.

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