Cultura

Baluarte da música ancestral

Analtino Santos

Jornalista

O evento homenageou três artistas oriundos do Planalto Central e que se consagraram a nível nacional: Justino Handanga, General Viñi Viñi e Chissica Artz.

26/05/2024  Última atualização 09H41
© Fotografia por: Vigas da Purificação | Edições Novembro

O Rei do Bailundo, Tchongolola Tchongonga, Ekuikui VI, foi o convidado de honra.  Com Bessa Teixeira, Edna Mateia, Grupo Katyavala e Nova Geração veio do Huambo uma delegação artística que integrou também Ceicy Tchavala, autoproclamada "Rainha da Música Tradicional” e que vive em Luanda. 

Coube às mamãs do Katyavala, coral oficial do Reino do Bailundo, o primeiro momento do festival.  Trajadas com pimbali, panos característicos das mulheres do Sul, em palco exploraram coreografias ao som do olundongo. Fora do palco venderam produtos tradicionais da cooperativa do grupo, com destaque para o longuesso, um afrodisíaco bastante procurado e só possível de encontrar no Reino do Bailundo. Bessa Teixeira levantou a bandeira da Sungura e incursionou pelo Semba, Kilapanga e Kizomba.

Edna Mateia, uma voz que combina a tradição e a modernidade, foi a grande surpresa. Agiu como professora ao explicar o clássico "Umbi Umbi”.

Ceicy Tchavala, que defende a cultura Ovimbundu a partir de Luanda, mostrou que a sabe preservar, quando, ao interpretar "Sessa Kuelombe”, pediu permissão aos mais velhos.

A diversidade étnica e rítmica não esteve ausente desta edição do Festival Balumuka. Tunjila Tua Jokota (Malanje), Socorro (Uíge) Dilangues de Ambaca (Cuanza-Norte), Tua Moneca (Bengo), Semba Muxima e Kamba dya Muenho (Luanda) e Duo Canhoto, entre outros artistas e formações, estiveram lá para ilustrar a riqueza do mosaico cultural nacional. 

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