Coronavírus

Senegal inicia campanha com vacina chinesa Sinopharm

O Senegal lançou ontem a campanha de vacinação contra a Covid-19 depois de ter adquirido 200 mil doses da vacina chinesa Sinopharm, 10% das quais foram disponibilizadas a dois países vizinhos, a Guiné-Bissau e a Gâmbia.

24/02/2021  Última atualização 09H48
© Fotografia por: DR
Debaixo de altas temperaturas, cerca de 15 personalidades proeminentes receberam a primeira dose da vacina nos jardins do Ministério da Saúde, numa cerimónia pontuada por aplausos e transmitida em directo pela televisão. O ministro da Saúde, Abdoulaye Diouf Sarr, foi o primeiro a receber a vacina, que uma enfermeira administrou após retirar a dose de uma caixa azul refrigerada.

Para "superar a relutância de alguns", conforme o ministro fez questão de salientar, foi também vacinada a ministra dos Assuntos das Mulheres, Ndèye Saly Diop Dieng, o antigo ícone da televisão El Hadji Mansour Mbaye e o famoso especialista em doenças infecciosas Moussa Seydi. Segundo Abdoulaye Diouf Sarr, 10% deste lote de 200 mil doses foram disponibilizadas à Guiné-Bissau e à Gâmbia, 10 mil doses para cada um dos dois países vizinhos, como sinal de "solidariedade".

"Irei vacinar-me imediatamente", afirmou ontem o Presidente Macky Sal, dando a entender que não necessitava de um passe.
A vacina Sinopharm, que reclama uma eficácia de 79%, já foi utilizada em vários países africanos (Sevcheles, Zimbabwe, Egipto e  Guiné Equatorial), mas o Senegal é o primeiro no Oeste do continente a lançar a campanha, que visa principalmente cerca de 20 mil trabalhadores da saúde e os idosos.

O país tem enfrentado um aumento dos casos de Covid-19 desde o final de Novembro e registou cerca de 33 mil casos positivos e mais de 800 mortes. Só ontem foram registadas 18 novas mortes, um recorde desde o início da pandemia.
O Senegal também espera receber doses através da iniciativa Covax, liderada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e está em conversações com outros países, incluindo a Rússia, de acordo com o Presidente Macky Sall.

O Presidente senegalês disse também ter sublinhado a Emmanuel Macron as "exigências prementes da África", e  "espera que os seus parceiros tradicionais, em particular os países do G7, partilhem vacinas". O Presidente francês propôs na sexta-feira que a Europa e os Estados Unidos da América entregassem "o mais depressa possível" 13 milhões de doses de vacinas a África, para que o continente possa vacinar os seus 6,5 milhões de profissionais de saúde.

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