O Pan-africanismo, se alguma existiu mesmo, no sentido de possuir uma materialidade efectiva, para além das teorizações, dos discursos e das boas intenções, parece ter morrido de vez, apenas faltando reconhecê-lo e fazer o respectivo óbito.
Semana passada, durante um debate numa das rádios angolanas, ouvi com espanto um convidado, pareceu-me ser um sociólogo, dizer que a sociedade angolana está doente. O meu espanto não foi por causa das explicações que deu sobre o quadro actual da nossa sociedade, no que se refere à adequação aos padrões comportamentais das pessoas e das instituições que a integram.
As emergências médicas são apêndices indispensáveis dos sistemas de saúde de qualquer sociedade. Angola não poderia continuar como um corpo alérgico a esta realidade. A criação do INEMA, em 2009, por meio do Decreto Presidencial n.º 40/09, de 21 de Agosto, foi das primeiras respostas às abordagens deste fenómeno, seguido pelo despertar de uma consciência profissional e social para a efectivação do conhecido serviço especializado de Emergências Médicas.
Há cerca de 15 anos emergiu no cenário africano uma chamada nova geração de líderes, a chamada geração de tecnocratas, com figuras como Uhuru Kenyatta, Macky Sall, Paul Kagame, Abiy Ahmed, João Lourenço ou Cyril Ramaphosa, entre outros.
Caiu o pano da 37.ª Sessão Ordinária da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, em que Angola esteve representada pelo Presidente da República, João Lourenço, cuja agenda política e diplomática foi predominada pelo actual contexto de instabilidade regional, com o recrudescimento das acções militares no Leste da República Democrática do Congo (RDC).
Todos os países da nossa sub-região precisam de dar passos mais expressivos em termos de integração. Angola está numa passada, ainda mais lenta, com contínuos receios. Entretanto, precisamos todos de perceber os benefícios de caminhar, juntos do que isoladamente. O exemplo da União Europeia é o grande paradigma da Teoria de Integração Económica e Comercio Internacional. É o exemplo acabado e inspirador.
Rodé e Laura, no Luvili, são mães vendedeiras. Os filhos são, ainda, pequenos, entretanto têm os irmãos e outros parentes, infantes e adolescentes, a vender produtos agrícolas e sacaria à beira da estrada, que liga o Wambu ao Kwanza ao Sul.
Ontem, pelo menos na Kimbi, a maralha acordou bem, “Na Paz do Senhor” como agora se diz. Na Placa 007, na fronteira do areal para o asfalto, a maralha estava a zuelar (falar) sobre a selecção da Kimbi que tinha cortado mi inimigo (entenda-se, estava desavinda) com os que dormem e acordam com o futebol no coração. Ou seja, não se cansam de maboçar (conversar) sobre quem deve ser o treinador, quem é que deve ser seleccionado e outras lenga-lenga do desporto-rei.
As escolas filosóficas comportam gerações e cada geração revela-se por intermédio de um restrito núcleo de distintos membros, especialmente daqueles que sondam outros caminhos para renovar as indagações e os ângulos a partir dos quais pensam acerca do sentido cuja interpretação é suscitada pelos objectos que se multiplicam à nossa volta. O tópico da nossa conversa sugere que voltemos a mencionar os nomes de duas figuras tutelares da Escola Filosófica de Kinshasa, nomeadamente o democrata-congolês Marcel Ignace Tshiamalenga Ntumba (1932-2020) e o belga Alfonse J. Smet, (1925-2015). É que a singularidade desta escola reside na pertinácia com que nos debates sobre as religiões africanas, os filósofos resistem à diluição das fronteiras do seu campo do mesmo modo que os teólogos reivindicam a sua legitimidade. Ao lado daquela está a Escola Teológica de Kinshasa