As mulheres que padecem da doença de Lúpus Eritematoso Sistémico, antes de decidirem engravidar, além do médico ginecologista, devem consultar um especialista em reumatologia, a fim de serem devidamente orientadas em função do seu estado de saúde.
Esta recomendação foi feita, em Luanda, pela médica reumatologista e presidente do Colégio Angolano de Reumatologia da Ordem dos Médicos de Angola, ao prestar declarações à imprensa, em alusão ao Dia Mundial do Lúpus, assinalado no passado dia 10. Esperança Nicolau explicou que é importante que aquelas procurem ajuda do reumatologista, para este medir os níveis de inactividade da doença durante seis meses ou até um ano antes da mulher engravidar.
Segundo a reumatologista, se o nível do lúpus estiver inactivo, a mulher pode engravidar e continuar a ser seguida pelos dois especialistas até ao nascimento do bebé. Acrescentou que, se tudo correr bem durante a gestação, o parto poderá ser feito via baixa (parto normal).
Mas, prosseguiu a médica, não se deve esquecer que pelo facto de ser uma gestante lúpica esta paciente é de alto risco, logo, a equipa médica deve estar preparada para entrar numa cesariana a qualquer momento.
Em relação ao recém-nascido, Esperança Nicolau disse que a criança também deverá ser acompanhada pelo reumatologista até pelo menos os primeiros dois anos, para se descartar a possibilidade do bebé nascer com uma alteração genética da doença, como manchas na pele, problema cardíaco, do fígado e baixa contagem de células sanguíneas provocadas pelo lúpus.
A médica tranquiliza, entretanto, as pessoas, explicando que, caso a criança tenha os sintomas acima referidos, se for devidamente medicada, com o passar dos meses tudo melhora e sem causar grandes consequências.
De acordo com a reumatologista, alguns bebés com lúpus neonatal podem ter um defeito cardíaco grave, daí que nos países desenvolvidos se fazem testes adequados e os médicos podem identificar a doença e a criança ser tratada antes ou depois do nascimento. Outra chamada de atenção feita pela reumatologista é que as pessoas com lúpus não podem fazer uso de anticoncepcionais ricos em estrogénios, porque, por natureza, as mulheres já são produtoras desse hormónio e tomar uma medicação com esta substância fará com que os níveis da doença se agravem mais. Aconselhou as mulheres lúpicas a tomarem apenas anticoncepcionais ricos em progesteronas.
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