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23/06/2024 Última atualização 11H22
Opinião

Símbolos de resistência contra o mal

Nzuzi nasceu em Alfândega, um pequeno vilarejo do Norte de Angola. Chegado a Luanda em meados dos anos noventa do século finado, ainda criança, viu o mundo da escola fugir-se dele por não lhe terem dado a oportunidade de deslizar persistentemente o lápis sobre o papel até dar forma às figuras geométricas, letras e números passa hoje grande parte do seu tempo sobre a sombra duma mulemba, numa das ruas da zona urbana de Luanda onde faz da lavagem de carros o seu ganha pão.

23/06/2024 Última atualização 11H05
Opinião

Histórias filosóficas e filosofias da Rússia contemporânea - IV

O relativo fracasso da iniciativa de paz do Presidente ucraniano Volodymyr Zelinski suscita interesse no contexto da conversa que temos vindo a desenvolver sobre a filosofia russa contemporânea. Neste caso, pode dizer-se que, contrariamente ao que vem nos livros do Ocidente, o raciocínio dialéctico não parece ser a matriz do pensamento político dos líderes ocidentais. O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, desafiou os líderes europeus e norte-americanos, ao formular uma proposta para o fim da guerra na Ucrânia. Percebe-se que, neste momento, a polarização entre o Ocidente e a Rússia inspira-se, em maior ou menor medida, nas filosofias políticas e filosofias das relações internacionais subjacentes aos discursos políticos. Por isso, nós preferimos ir para lá das convicções que constituem o capital intelectual dos líderes. Preferimos relacionar o estado de coisas com a história do pensamento contemporâneo russo. Vamos seguir os traços de Vladimir Veniaminovich Bibikhin (1938–2004), um filósofo russo que levou a sério a necessidade de dialogar com o Ocidente