Política

Estados costeiros vão manter aposta na segurança marítima

Pedro Ivo

Jornalista

O comandante da Marinha de Guerra Angolana (MGA), almirante Valentim António, afirmou, ontem, em Luanda, que as preocupações relacionadas com a segurança marítima arrasta vários Estados costeiros, na busca contínua pelo desenvolvimento das suas capacidades, com vista a fortalecer e tornar as marinhas mais robustas.

11/05/2024  Última atualização 10H25
Almirante Valentim António defende acções conjuntas para conter as ameaças no mar © Fotografia por: DR

Ao discursar na cerimónia de abertura do Exercício Obangame Express 2024, a alta patente da MGA falou do surgimento de várias ameaças no mar, como a pirataria marítima, roubo a navios, contrabando e tráfico diverso, bem como poluição marinha criminosa.

Por esta razão, sublinhou que o Executivo angolano, reconhecendo as ameaças contemporâneas, tem apostado na modernização do órgão castrense com meios necessários para que o mesmo cumpra a sua missão de forma eficiente em cooperação com outras marinhas e agências nacionais e internacionais.

De acordo com Valentim António, o objectivo primário é ampliar a capacidade de prevenção e repressão ao tráfico ilegal de drogas, seres humanos e de armas, da poluição antropogénica do meio marinho, a luta contra a pirataria e terrorismo marítimo, pesca ilegal, assim como busca e salvamento.

O almirante referiu que estas acções exigem uma cooperação "leal" entre as nações e suas marinhas e as manobras militares,  realizadas no quadro do Obangame Express 2024, representam a força dos efectivos e a protecção do mar contra estas práticas criminosas.

"O mar possui riquezas como os hidrocarbonetos, gás, recursos minerais, além de servir como grande via de comunicação, que a nosso ver não tem alternativas no que tange à movimentação de cargas de diversos tipos que influenciam no desenvolvimento da humanidade", destacou, exortando as tropas para o asseguramento do mar e das águas fluviais.

No âmbito da implementação da Arquitectura de Yaoundé, o Obangame Express realiza-se, anualmente, e de forma simultânea, nos países que fazem parte do Golfo da Guiné, subdividido por cinco zonas, onde Angola é coordenador da Zona A.

O exercício militar insere-se nos acordos marítimos e de interoperabilidade entre os países africanos, europeus e americanos, que decorre sob os auspícios da Força Naval Africana (NAVAF) e do Comando Africano (AFRICOM) dos Estados Unidos da América (EUA).

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