Os investimentos em infra-estruturas de transportes, logística e reformas administrativas com vista a simplificação dos procedimentos de importação, trânsito e exportação configuram indicadores tangíveis do compromisso do Executivo angolano em diversificar as fontes de receitas para a economia, fomentar o emprego e melhorar a qualidade de vida.
As empresas estatais e privadas devem apostar na capacidade dos seus técnicos de auditoria interna em dar com a Inteligência Artificial no sentido de mitigar os riscos inerentes aos ataques cibernéticos, antever ameaças de factores climáticas e gestão danosa no ecossistema corporativo.
A conclusão consta do conjunto de deliberações da Conferência Anual de Auditoria Interna, realizada quarta-feira, no auditório da Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas, sob o tema: "Papel da Auditoria Interna na Elevação do Comportamento Ético: Benefício e e oportunidades para as organização Angolanas”.
Organizada pela Associação dos Auditores Internos de Angola (IIA Angola), a conferência ficou marcada pelas apresentações do Presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência do Brasil, Manuel Ferreira, a directora da Agência Nacional de Luta Contra a Corrupção do Malí, Hawaly Kone, o professor da Universidade do Panamá, António Brasileiro e o professor português, Luís Lee.
Os dados apresentados no certame indicam que factores como a corrupção, e fenómenos climáticos inviabilizam a alcance de metas por ausência de auditoria capaz de alertar para a necessidade de melhorar processos, numa altura em que o continente africano perde anualmente 20 por cento do Produto Interno Bruto(PIB).
As estatísticas apontam para perdas em torno de1,5 biliões de dólares em esquemas de corrupção, aumentando 10 por cento o custo da realização de negócios.
De acordo com António Brasiliano, as ameaças cibernéticas são um fenómeno susceptível de provocar danos incalculáveis para empresa que faz um combate superficial aos potenciais ataques, numa altura em que é recomendável fazer o levantamento dos perfis detalhados dos "hackers", de maneira a entender a sua motivação, capacidade técnica e a intenção que ele tem.
"Sem isso, os controles ficam menos soltos, pois o pessoal tenta cobrir a superfície inteira de ataque e isso cria vulnerabilidade, por essa razão os investimentos em cibernética crescem exponencialmente assim como os ataques. A nossa lição de casa é mudar a nossa forma de actuar, de tentar prevenir os ataques”, frisou.
Manuel Caetano Ferreira chama atenção para a ética no serviço público, ao salientar que é fundamental que os serviços públicos e as empresas privadas tenham na sua estrutura um comportamento ético por parte dos empregados e directores de acordo com a moral e os bons princípios.
"Este evento é fundamental porque os auditores que têm a função de identificar riscos e evitar que aconteça o comportamento anti -ético O Brasil conta hoje com uma Controladoria Geral da União, a nível de ministérios, Advocacia Geral da União e Comissão de Ética Pública vocacionadas para cuidar da integridade, comportamento ético no serviço público”, disse.
De acordo com o auditor, o combate à corrupção é fundamental tanto dentro do Governo como nas empresas privadas, mas é necessário que se faça um estudo profundo e preparação profissional para que a actuação deles possa contribuir para uma boa gestão nas empresas privadas na administração pública.
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