Coronavírus

Agência brasileira aprova registo definitivo do imunizante da Pfizer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador ligado ao Governo do Brasil, informou ontem que aprovou o registo da vacina contra a Covid-19 fabricada pela Pfizer e BioNTech.

24/02/2021  Última atualização 10H01
© Fotografia por: DR
Este foi o primeiro registo de imunizante contra o novo coronavírus aprovado no país. As duas vacinas que estão a ser aplicadas no Brasil desde 17 de Janeiro, fabricadas pela Sinovac e a AstraZeneca  tiveram aprovação de uso de emergência aceite pela Anvisa, e não o registo definitivo.

Embora tenha sido testada e aprovada pelo órgão regulador brasileiro, a vacina da Pfizer contra a Covid-19 ainda não deve ser aplicada no país porque o governo não possui contratos de compra do imunizante.
O Brasil é o país lusófono mais afectado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar 247.143 vítimas mortais e mais de 10,1 milhões de casos confirmados de Covid-19.

Contraiu o vírus  depois de inoculada

Uma enfermeira brasileira, das primeiras pessoas vacinadas no país, foi internada num hospital por complicações devido à Covid-19, após contrair a doença poucos dias antes de receber a segunda dose da vacina, informaram ontem fontes oficiais.
María Angélica de Carvalho Sobrinho, de 53 anos, foi a primeira pessoa a ser vacinada na Bahia, no nordeste brasileiro, e recebeu a dose inicial do imunizante chinês Coronavac em 19 de Janeiro, mas contraíu a doença três dias antes da segunda aplicação, marcada para 16 de Fevereiro.

Segundo explicou a infecciologista Ceuci Nunes, directora do hospital Couto Maia, onde a enfermeira está internada, o caso não é "algo excepcional", já que as vacinas geralmente oferecem "maior protecção cerca de 20 dias após a segunda dose".
"Três dias antes da segunda dose, ela estava com mal-estar e febre e resolvemos interná-la para observá-la mais de perto, porque precisava de oxigénio”, disse a especialista numa mensagem de áudio divulgada pelo governo da Bahia.
Ceuci Nunes afirmou que o quadro de saúde da profissional é estável e que a manifestação da doença também não é um efeito adverso do imunizante.

"Não tem nada a ver com uma reacção adversa da vacina. Ela ainda não estava protegida, porque só a primeira dose não protege. Acabou por contrair o vírus e desenvolver a doença”, explicou.
A especialista acrescentou que a eficácia dos antídotos é "cientificamente comprovada" na prevenção de casos graves de Covid-19, mas a comunidade médica ainda não sabe se são capazes de prevenir as manifestações mais leves.
"As vacinas protegem muito bem contra os casos graves e reduzem as hospitalizações, mas ainda não sabemos se são capazes de reduzir as infecções. Ou seja, posso ser vacinado, infectar-me, não adoecer e ainda transmitir o vírus”, frisou Ceuci Nunes.

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