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Praia e Dakar querem mais trocas comerciais

Cabo Verde e Senegal manifestaram interesse numa ligação marítima para fomentar o tráfico de passageiros e mercadorias, anunciaram, sábado, numa declaração conjunta, na Praia, os Presidentes José Maria Neves e Bassirou Diomaye Faye.

26/05/2024  Última atualização 07H53
© Fotografia por: DR

"No âmbito do reforço das relações comerciais, queremos trabalhar na abertura de uma ligação marítima entre Dakar e Praia”, referiu o Presidente senegalês, Bassirou Diomaye Faye, citado pela Lusa.

A declaração foi feita no Palácio da Presidência, no Plateau, centro histórico da capital cabo-verdiana, no âmbito de uma visita do Chefe de Estado senegalês. "A via marítima oferece oportunidades de circulação muito grandes a nível das pessoas e mercadorias”, disse Faye, encaminhando o assunto para a Comissão Mista entre os dois países.

A troca de bens entre os dois países ficará a ganhar, assim como o turismo cabo-verdiano e a integração regional, acrescentou. A criação de ligações marítimas é um assunto recorrente nas relações entre os dois países. Em 2021, os chefes da diplomacia de Cabo Verde e Senegal identificaram o transporte através do Atlântico como um dos pontos para o reforço da cooperação bilateral, mas sem avanços.

O Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, classificou a visita do homólogo senegalês de "histórica e estratégica”, face à "possibilidade de reforço das relações entre os dois países”. "Também vamos articular posições, tanto no quadro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) como da União Africana (UA)”, disse José Maria Neves.

Bassirou Diomaye Faye disse estar satisfeito pelo "empenho” demonstrado por José Maria Neves no diálogo regional. Cabo Verde tem "um estatuto de grande democracia africana”, disse, razão pela qual terá "um papel importante no seio da CEDEAO para resolver as fragilidades da instituição”. "Sabemos todos que a CEDEAO deve continuar a ter utilidade no quadro da integração africana, mas não será forte se houver países que querem sair”, concluiu.

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