O continente africano é marcado por um passado colonial e lutas pela independência, enfrenta, desde o final do século passado e princípio do século XXI, processos de transições políticas e democráticas, muitas vezes, marcados por instabilidades, golpes de Estado, eleições contestadas, regimes autoritários e corrupção. Este artigo é, em grande parte, extracto de uma subsecção do livro “Os Desafios de África no Século XXI – Um continente que procura se reencontrar, de autoria de Osvaldo Mboco.
A onda de contestação sem precedentes que algumas potências ocidentais enfrentam em África, traduzida em mudanças político-constitucionais, legais, por via de eleições democráticas, como as sucedidas no Senegal, e ilegais, como as ocorridas no Níger e Mali, apenas para mencionar estes países, acompanhadas do despertar da população para colocar fim às relações económicas desiguais, que configuram espécie de neocolonialismo, auguram o fim de um período e o início de outro.
Hoje é um dia que vai ficar marcado na história das relações entre Angola e Portugal. O Primeiro-Ministro português, António Costa, inicia uma visita oficial de dois dias ao país, com um cariz essencialmente económico, além de político.
A última vez que o Primeiro-Ministro português esteve em Angola em visita oficial foi em 2018 e permitiu estreitar as relações entre os dois países.
António Costa vai ser recebido pelo Presidente da República na Cidade Alta, em Luanda, e manterá encontros com empresários e com a comunidade portuguesa em Angola.
Prevê-se a assinatura de importantes instrumentos jurídicos que vão relançar a cooperação entre os dois países.
Angola está aberta a investimentos estrangeiros, abertura assegurada pelo Presidente da República em pronunciamento feito em vários fóruns nacionais e internacionais, e Portugal vai, seguramente, aproveitar esta oportunidade para estender o âmbito de acção das empresas daquele país para Angola, pois já existem manifestações de homens de negócios nesse sentido.
Isso ficou vincado no recém realizado fórum de negócios Angola - Portugal onde participaram empresários dos dois países.
No encontro, realizado na cidade do Porto, em Maio, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, convidou, os empresários portugueses a investirem no sector agrícola, contribuindo para que o país se torne uma referência mundial.
Sob o tema "Construímos relações sólidas”, o fórum económico Angola-Portugal teve como objectivo a apresentação do quadro económico e as oportunidades de investimento no país, funcionando como antecâmara da visita do Primeiro-Ministro português, António Costa, a Angola.
Com a visita do Primeiro-Ministro português, as coisas ficam cada vez mais claras e os planos cada vez mais próximos da realidade.
Sobre a visita, Angola espera o reforço das relações de amizade e de cooperação económica com Portugal e o aumento do investimento português, bem com do investimento angolano em Portugal.
O Presidente da República disse , em entrevista à lusa e ao jornal Expresso, que existe um espaço para crescer no quadro do investimento português tendo assinalado as áreas da economia nacional onde podem ser direccionados, designadamente na Agropecuária e no Turismo.
João a Lourenço disse que gostaria "de ver os investidores portugueses adquirirem mais activos que estão a ser alienados no quadro das privatizações.”
O Presidente da República referiu que o aumento da linha de crédito à exportação incentiva a deslocação das empresas portuguesas para Angola, uma vez que se sentem mais confortáveis e com a garantia de que o que vêm fazer fica coberto por esse crédito de exportação.
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