05/04/2021 Última atualização 08H24
Entrevista
Comandante "Vilma": A mulher que sempre quis ser polícia
Tinha oito anos e estava na condição de deslocada de guerra, quando viu um grupo da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) desembarcar de um helicóptero, no Aldeamento 7, município do Waku Kungo, no Cuanza-Sul, para socorrê-la e à sua família. A menina, que se refugiou na mata, ao lado dos pais, irmãos e outros familiares, olhou, com admiração, para a bravura dos efectivos e tomou a maior decisão da sua vida: tornar-se Polícia de Intervenção Rápida. Actual comandante da 51ª Esquadra da Cidade do Kilamba, Victória Augusto, "Vilma", para os mais chegados, abriu o seu coração ao Jornal de Angola e lembrou outra particularidade, que também lhe influenciou o futuro: “quando pequena, quis sempre brincar de polícia, com os rapazes, os meus primos e os meus irmãos.”. Licenciada em Antropologia pela Universidade Agostinho Neto, frequenta o mestrado em segurança Pública no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais, Osvaldo Serra Van-Dúnem, e pretende fazer doutoramento, na mesma área, a partir do próximo ano.