O tempo da Quaresma é o período do ano litúrgico antes da Páscoa. É um tempo de meditação religiosa, de restrições alimentares e até jejuns. Existem lendas como esta: uma mulher lavou lençóis fora de horas e, quando os colocou a secar, ficaram manchados de sangue. A Quaresma é a antecipação à Páscoa e caracteriza-se pela realização de penitências.
Todas as análises, das menos avisadas às mais aperaltadas, são unânimes em afirmar que o caldeirão geopolítico mundial está em pura ebulição, apenas visto depois da Segunda Guerra Mundial, em que a guerra era mesmo fria, mas era fácil divisar os lados e as ideologias em conflito, os blocos eram transparentemente opostos e os políticos tinham as estratégias todas colocadas por cima da mesa, o combate era duro mas leal, os eleitores sabiam no que estavam a apostar/votar, era tudo mais fácil de analisar e mais rápido de prever.
Parece excessivo dizer que a criação do Estado palestiniano está nas mãos do Presidente norte-americano, Joe Biden, mas a julgar por uma série de factores, desde os sucessivos vetos, na ONU, à insistência de que a efectivação de tal desiderato deve depender de negociações directas, as fracassadas tentativas de negociações e os acontecimentos de 7 de Outubro levam os Estados Unidos a ganhar consciência da urgência da criação do Estado palestiniano.
O Pan-africanismo, se alguma existiu mesmo, no sentido de possuir uma materialidade efectiva, para além das teorizações, dos discursos e das boas intenções, parece ter morrido de vez, apenas faltando reconhecê-lo e fazer o respectivo óbito.
Semana passada, durante um debate numa das rádios angolanas, ouvi com espanto um convidado, pareceu-me ser um sociólogo, dizer que a sociedade angolana está doente. O meu espanto não foi por causa das explicações que deu sobre o quadro actual da nossa sociedade, no que se refere à adequação aos padrões comportamentais das pessoas e das instituições que a integram.
As emergências médicas são apêndices indispensáveis dos sistemas de saúde de qualquer sociedade. Angola não poderia continuar como um corpo alérgico a esta realidade. A criação do INEMA, em 2009, por meio do Decreto Presidencial n.º 40/09, de 21 de Agosto, foi das primeiras respostas às abordagens deste fenómeno, seguido pelo despertar de uma consciência profissional e social para a efectivação do conhecido serviço especializado de Emergências Médicas.
Há cerca de 15 anos emergiu no cenário africano uma chamada nova geração de líderes, a chamada geração de tecnocratas, com figuras como Uhuru Kenyatta, Macky Sall, Paul Kagame, Abiy Ahmed, João Lourenço ou Cyril Ramaphosa, entre outros.
Caiu o pano da 37.ª Sessão Ordinária da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, em que Angola esteve representada pelo Presidente da República, João Lourenço, cuja agenda política e diplomática foi predominada pelo actual contexto de instabilidade regional, com o recrudescimento das acções militares no Leste da República Democrática do Congo (RDC).
Todos os países da nossa sub-região precisam de dar passos mais expressivos em termos de integração. Angola está numa passada, ainda mais lenta, com contínuos receios. Entretanto, precisamos todos de perceber os benefícios de caminhar, juntos do que isoladamente. O exemplo da União Europeia é o grande paradigma da Teoria de Integração Económica e Comercio Internacional. É o exemplo acabado e inspirador.