19/03/2023 Última atualização 06H51
Cultura
Espaço, lugar e território em “A casa velha das margens”
O romance “A casa velha das margens”, escrito em um português padrão, permeado, no entanto, de palavras da língua kimbundu, traz perguntas sem respostas, interditos e lacunas, questões não elucidadas, fio condutor de uma narrativa muito descritiva. Escrito em 1999, o romance retoma o século XIX e as contradições de uma colónia heterogénea assombrada pelos fantasmas de muitas minorias silenciadas. Esses fantasmas não só ocupam a casa velha, mas também as margens do rio Lucala, lugar propício ao encontro e à manifestação do outro, muitas vezes de forma silenciosa. Os 88 anos de vida do autor, Arnaldo Santos, comemorados na terça-feira (14/03), são um bom pretexto para revisitar “A casa velha das margens”, romance fundamental da moderna literatura angolana