Os humanos, mesmo que diferentes, têm pontos de acerto em comum. Conviver, fortalecer conhecimentos, são alguns itens que preenchem a sociedade, no âmbito das mil e uma formas de partilha diária. Comunicar parece ser a caixa de ressonância que ninguém abdica, utilizando critérios tradicionais e os múltiplos veículos à disposição, inclusive as TIC.
Quando se fala em ascensão na carreira técnico-profissional, as conversas do nosso quotidiano prendem-se na rotina de se valorizar a progressão académica ou o grau científico-académico em detrimento do tempo de serviço ou da meritocracia.
É-me grato trazer o testemunho transcrito de uma voz singular da ficção literária angolana. Uanhenga Xitu(1924-2014) é um dos Mais-Velhos escritores que viu a minha geração crescer, há quatro décadas. O «Ti Mendes» revelava uma autoridade moral exemplar a que correspondíamos com a humildade e respeito que lhe era devido. Integrava esse elenco da geração dos fundadores da União dos Escritores Angolanos que, tal como o seu amigo e companheiro de prisão, António Jacinto (1924-1991), Domingos Van-Dúnem (1922-2003), Arlindo Barbeitos (1940-2021), Jorge Macedo (1941-2009) e Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010) também já falecidos, para referir apenas alguns deles acreditavam nos «miúdos» das diferentes Brigadas Jovens de Literatura que surgiram em Angola, no princípio da década de 80.Apesar de ser benguelense, o autor destas linhas vinha da cidade universitária do Lubango, onde tinha sido fundador da Brigada Jovem de Literatura da Huíla, em 1981. Foi em Luanda que aprendi a ouvir o «Ti Mendes», que desempenhava bem o papel que consistia em fazer pontes de diálogo intergeracional. Portanto, a publicação desta entrevista, que se completa hoje com a segunda parte, é igualmente uma homenagem que nesta ocasião presto a este insigne filho de Angola. À data da entrevista o Mais-Velho Uanhenga Xitu era deputado à Assembleia Nacional e o entrevistador era editor da Gazeta Lavra & Oficina da UEA.
No vasto oceano das redes sociais, em que nos perdemos em marés de informação efémera, fui arrebatado por uma corrente de reflexão profunda. Navegando sem rumo certo, deparei-me com um tesouro de sabedoria: um breve vídeo do filósofo brasileiro Mário Sérgio Cortella. Num sotaque cantarolado, que me embalou como o suave murmúrio de um riacho, Cortella trouxe à tona as palavras de Erich Fromm, o autor alemão de "Die Furcht vor der Freiheit". Esta obra, conhecida em português como "O Medo à Liberdade" e publicada pela Edições 70, é uma lâmpada que ilumina os recantos da ignorância. Apesar de um livro que exige bastante do leitor – a edição de capa dura que li tem 320 páginas – é consensual afirmar que toda a construção nela descrita pode ser resumida numa frase: a liberdade não é licença
A análise de O Ministro relaciona a escrita da obra a uma responsabilidade ética e partidária de Uanhenga Xitu, ou seja, a mudança de discurso adotada por sujeitos históricos que assumiram o discurso descolonial e elaboraram o discurso nacional. Para dar forma a esse discurso nacional, o autor une memória e história, ligação referida por François Dosse como processo iniciado na antiguidade, quando o personagem hístor entrou em cena, representando uma oposição ao aedo, e tendo por função “retardar o desaparecimento dos traços da actividade dos homens”.
Neste mês de Agosto, durante o qual celebramos o Dia Internacional da Juventude, somos convidados a reflectir sobre o papel essencial dos jovens na construção do futuro. Com o olhar voltado para os desafios e oportunidades que se apresentam, é imperativo que reconheçamos a juventude como o principal motor de transformação social, económica e ambiental, não só em Angola, mas em todo o mundo.
Os valores morais são princípios e normas que determinam o comportamento de uma pessoa e a sua interacção com a sociedade. Normalmente, começam a ser transmitidos nos seus primeiros anos de vida, através do convívio familiar ou até mesmo no ambiente escolar.
Neste mês de Agosto, durante o qual celebramos o Dia Internacional da Juventude, somos convidados a reflectir sobre o papel essencial dos jovens na construção do futuro. Com o olhar voltado para os desafios e oportunidades que se apresentam, é imperativo que reconheçamos a juventude como o principal motor de transformação social, econômica e ambiental, não só em Angola, mas em todo o mundo.
Como muitos outros, estou profundamente perturbado com o plano do Governo da Namíbia de abater mais de 700 animais selvagens, incluindo 83 elefantes, para fornecer carne àqueles que enfrentam insegurança alimentar. Esta iniciativa, liderada pelo Ministério do Meio Ambiente, ocorrerá em parques e áreas comunitárias onde as autoridades acreditam que a população de animais selvagens ultrapassou a disponibilidade de pastagens e recursos hídricos. Além dos elefantes, o abate também terá como alvo hipopótamos, zebras e outras espécies.