Assinalou-se esta semana os cinquenta anos do 25 de Abril e também do início do processo de descolonização das chamadas colónias portuguesas em África. Passados cinquenta anos, dificilmente poderíamos imaginar que chegássemos ao nível de glorificação do Colonialismo e elogio da civilização colonial português a que se assiste no espaço público angolano.
A vandalização de bens públicos tomou contornos alarmantes. Quase todas as semanas, são reportados casos do género.Bens ou infra-estruturas que consumiram avultadas somas em dinheiro para serem construídos, são destruídos, quer para a busca fácil de dinheiro, quer por pura maldade. Os sectores da Energia e Águas, Transportes, Telecomunicações, Saúde e Educação têm sido os principais alvos.
Já se tornou habitual, na sociedade angolana, ainda que nalguns casos passe despercebidamente, a celebração do Dia do Pai, uma data que serve para reflexão, para tributar à figura paterna a merecida homenagem e encorajar aqueles que desempenham esse papel desafiador e honroso.
A data, independentemente dos contornos históricos ligados à sua génese, a componente comercial ou ainda a "raison d'être” que justifica a celebração, é já parte intrínseca da história e costume recentes do povo angolano.
Hoje é o Dia do Pai e importa que celebremos a efeméride para, entre outros, abordar a condição paterna na sociedade angolana, para lembrar os desafios e responsabilidades de ser essa figura relevante do agregado familiar.
A sociedade angolana, pelo conjunto de situações históricas vividas, nomeadamente o conflito armado cujas sequelas, tangíveis e intangíveis, persistem, as fracturas sociais, económicas e culturais, além dos processos de absorção de valores culturais "importados”, viu a figura do pai a conhecer profundas variações.
É verdade que essa figura, na nossa sociedade, se diluiu também em outras pessoas no seio familiar, desde o avô, o tio e, ás vezes, até o irmão mais velho que, obviamente, se podem dar felizes num dia como hoje.
Precisamos de reflectir sobre as responsabilidades paternais que, em muitos casos, tinham que ser precedidas de um aprendizado a partir de casa, onde os pais se deviam consciencializar de que a criação dos filhos acaba por ser, também, um processo de preparação de um futuro pai.
Não é sem razão que grande parte dos problemas que envolvem a fuga à paternidade, o exercício irregular do papel paternal, com maus-tratos e violência dirigidos aos dependentes, acabam por se reflectir na personalidade do futuro progenitor.
O desígnio de se ser um bom pai radica, fundamentalmente, na necessidade de se preparar um ente imbuído de valores, regras e costumes herdados do progenitor que procurou exercer sempre o papel paternal fazendo jus às atribuições e responsabilidades inerentes.
Acreditamos que não é fácil exercer esse papel, porque as mutações sociais sucedem a um ritmo acelerado, que coloca os pais e filhos em rotas completamente diferentes, e em que a escala de valores com os quais cada um lidou e lida chega a ser, às vezes, antagónica.
Mas, ainda assim, não é exagerado dizer que ao mesmo tempo que chega a ser um desafio exercer o papel paternal é, igualmente, uma honra em qualquer das circunstâncias, na medida em que constitui um privilégio de proporcionar ao filho o que se recebeu do pai ou de quem tenha exercido esse papel. Viva o Dia do Pai.
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