Assinalou-se esta semana os cinquenta anos do 25 de Abril e também do início do processo de descolonização das chamadas colónias portuguesas em África. Passados cinquenta anos, dificilmente poderíamos imaginar que chegássemos ao nível de glorificação do Colonialismo e elogio da civilização colonial português a que se assiste no espaço público angolano.
A vandalização de bens públicos tomou contornos alarmantes. Quase todas as semanas, são reportados casos do género.Bens ou infra-estruturas que consumiram avultadas somas em dinheiro para serem construídos, são destruídos, quer para a busca fácil de dinheiro, quer por pura maldade. Os sectores da Energia e Águas, Transportes, Telecomunicações, Saúde e Educação têm sido os principais alvos.
No âmbito da celebração do 22º aniversário do Dia da Paz e Reconciliação Nacional, assinalado a 4 de Abril, Angola realizou o 1º Encontro Nacional com cidadãos na diáspora, promovido pelo Movimento Nacional Angola Real (MONAAR). De forma natural, a actividade teve relevante eco na media convencional, como era de esperar, bem como nas plataformas de comunicação digital.
Mateus Sebastião, vice-presidente do MONAAR revelou, em declarações à imprensa, que uma das principais razões que motivou a realização do encontro foi o facto de "muitos dos nossos irmãos no exterior terem informações ou conhecimentos nem sempre consentâneos com a realidade do país”.
Resumido o objectivo do encontro no tema "Angola, o país real no contexto político, económico e social”, não restam dúvidas de que o momento escolhido para a realização do evento foi uma aposta ganha, a considerar o significado pleno do 4 de Abril, bem como o que o país necessita para a efectiva paz social que reflecte, em plenitude, a mais alta aspiração dos cidadãos. Por isso, todos pelo desenvolvimento de Angola.
Naturalmente, e sendo isso um exercício típico das sociedades fundadas na promoção e defesa dos direitos e liberdades fundamentais do Homem, quer como indivíduo quer como membro de grupos sociais organizados, não faltaram opiniões inclinadas na pespectiva de diminuir o valor do encontro que, por menos que se queira, traz sempre alguma vantagem para o país.
Porém, e não estando em causa os meandros da operação, aliás, em qualquer actividade humana é impossível inverter a máxima segundo a qual, "ao mesmo tempo não se agrada a gregos e troianos”, o mérito do evento deve ser analisado no sentido de que, de uma ou outra forma, foi realizado um exercício de diálogo abrangente e inclusivo, sendo este um dos novos paradigmas da governação moderna.
Compreendendo que o crescimento e desenvolvimento do país é uma tarefa que deve contar com todos - o mesmo que dizer todos juntos somos poucos -, os angolanos devem encarar a exortação para a contribuição nas diversas acções da Nação, como um imperativo com valor de patriotismo, que relega os interesses pessoais abaixo dos colectivos, sem prejuízo para o livre exercício dos direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos. No espírito de ser cada vez mais evidente a prática de participação dos cidadãos nas decisões e acções políticas, sobretudo as de carácter público, os angolanos devem estar cientes de que é chegado o momento dos compatriotas residentes na diáspora poderem contribuir para o crescimento e desenvolvimento do país, com incidência na componente económica, enquanto vector fundamental da existência das sociedades.
De modo particular, deve ser prestada atenção especial à agricultura, até porque continua válido e com sentido perene o enunciado pelo saudoso Presidente, Doutor António Agostinho Neto, segundo o qual "A agricultura é a base e a indústria, o factor decisivo”. No demais, todos juntos pelo desenvolvimento do país.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginOs sistemas educativos contemporâneos continuam com problemas para garantir que todas as crianças e jovens possam ter acesso a uma educação e formação que lhes permitam integrar-se plenamente nas sociedades.
Por conta de algum ajuste da pauta aduaneira, concretamente relacionada com a taxação dos produtos de uso pessoal, nos últimos dias, a Administração Geral Tributária (AGT) esteve, como se diz na gíria, na boca do povo. A medida gerou uma onda de insatisfação e, sendo ou não apenas a única razão, foi declarada a suspensão daquela modalidade de tributação, nova na nossa realidade.
Persigo, incessante, mais um instante para privilegiar o sossego. Para a parte maior da raça humana, pondero tratar-se da necessidade que se vai evidenciando quando a tarde eiva as objectivas da vida. Rastos de águas passadas há muito direccionam o moinho para a preciosidade do tempo.
Em diferentes ocasiões, vimos como o mercado angolano reage em sentido contrário às hipóteses académicas, avançadas como argumentos para justificar a tomada de certas medidas no âmbito da reestruturação da economia ou do agravamento da carga fiscal.
O governador Provincial de Luanda e coordenador do grupo de trabalho do processo de reforço da toponímia na província, Manuel Homem, apelou, esta segunda-feira, maior celeridade no processo de implementação de novos topónimos nas povoações, bairros, ruas e avenidas da capital.
A Estrada Nacional 100, na localidade do Longa, município de Porto Amboim, está a ser intervencionada, provisoriamente, desde o último domingo, após registar inundações resultantes do aumento do caudal do rio longa.