Opinião

Todos pelo desenvolvimento do país

No âmbito da celebração do 22º aniversário do Dia da Paz e Reconciliação Nacional, assinalado a 4 de Abril, Angola realizou o 1º Encontro Nacional com cidadãos na diáspora, promovido pelo Movimento Nacional Angola Real (MONAAR). De forma natural, a actividade teve relevante eco na media convencional, como era de esperar, bem como nas plataformas de comunicação digital.

09/04/2024  Última atualização 10H21

Mateus Sebastião, vice-presidente do MONAAR revelou, em declarações à imprensa, que uma das principais razões que motivou a realização do encontro foi o facto de "muitos dos nossos irmãos no exterior terem informações ou conhecimentos nem sempre consentâneos com a realidade do país”.

Resumido o objectivo do encontro no tema "Angola, o país real no contexto político, económico e social”, não restam dúvidas de que o momento escolhido para a realização do evento foi uma aposta ganha, a considerar o significado pleno do 4 de Abril, bem como o que o país necessita para a efectiva paz social que reflecte, em plenitude, a mais alta aspiração dos cidadãos. Por isso, todos pelo desenvolvimento de Angola.

Naturalmente, e sendo isso um exercício típico das sociedades fundadas na promoção e defesa dos direitos e liberdades fundamentais do Homem, quer como indivíduo quer como membro de grupos sociais organizados, não faltaram opiniões inclinadas na pespectiva de diminuir o valor do encontro que, por menos que se queira, traz sempre alguma vantagem para o país.

Porém, e não estando em causa os meandros da operação, aliás, em qualquer actividade humana é impossível inverter a máxima segundo a qual, "ao mesmo tempo não se agrada a gregos e troianos”, o mérito do evento deve ser analisado no sentido de que, de uma ou outra forma, foi realizado um exercício de diálogo abrangente e inclusivo, sendo este um dos novos paradigmas da governação moderna.

Compreendendo que o crescimento e desenvolvimento do país é uma tarefa que deve contar com todos - o mesmo que dizer todos juntos somos poucos -, os angolanos devem encarar a exortação para a contribuição nas diversas acções da Nação, como um imperativo com valor de patriotismo, que relega os interesses pessoais abaixo dos colectivos, sem prejuízo para o livre exercício dos direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos. No espírito de ser cada vez mais evidente a prática de participação dos cidadãos nas decisões e acções políticas, sobretudo as de carácter público, os angolanos devem estar cientes de que é chegado o momento dos compatriotas residentes na diáspora poderem contribuir para o crescimento e desenvolvimento do país, com incidência na componente económica, enquanto vector fundamental da existência das sociedades.

De modo particular, deve ser prestada atenção especial à  agricultura, até porque continua válido e com sentido perene o enunciado pelo saudoso Presidente, Doutor António Agostinho Neto, segundo o qual "A agricultura é a base e a indústria, o factor decisivo”. No demais, todos juntos pelo desenvolvimento do país.

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