Tânia Duarte admitiu que não é fácil trabalhar com as senhoras, principalmente quando se trata da condição física. Contudo, garantiu que a formação decorre com normalidade e o objectivo é atingir resultados positivos, em prol do desenvolvimento da arbitragem no país.

A árbitra internacional revelou que o projecto foi criado em Janeiro de 2023 em parceria com o Conselho Provincial de Árbitros da Associação de Futebol da Huíla e pretendem no futuro aumentar o número de candidatas.

"Março é o nosso mês. Porém, deve, também, servir de oportunidade para reflectirmos onde saímos, onde estamos e para onde vamos”, defendeu.

Enalteceu as políticas públicas desenvolvidas pelo executivo, no âmbito da paridade do género. Destacou que em Angola existe muito potencial humano, escondido nos bairros, comunas, municípios e cidades.

"O país tem muitas mulheres capacitadas e com talento. Ao agrupar aquelas que têm talento na vertente desportiva, quer no futebol feminino quer noutras áreas, vamos registar avanços significativos”, salientou.

A árbitra internacional disse que muitas jovens estão a despontar na arbitragem, mas falta-lhes coragem de apitar no Girabola ou na Segunda Divisão, por isso preferem ser assistentes.

"O meu conselho é que as jovens continuem a trabalhar, porque os obstáculos vão existir sempre, mas devem manter o foco no trabalho. O segredo é trabalhar para nos tornarmos as melhores”, aconselhou.