O presente artigo de opinião foi escrito na perspectiva de reflectir sobre os desafios e oportunidades de África, face ao contexto mundial, mas é importante fazer duas notas breves, a primeira tem a ver com o facto de que o continente não está a comemorar 60 anos de existência, mas sim 60 anos de existência da Organização de Unidade Africana, transformada em União Africana no início do século XXI, e a segunda nota vai no sentido de desconstruir uma narrativa que domina alguns seguimentos, eivada de estereótipos, segundo a qual foram os europeus que descobriram África.
Como era previsível, a proposta de nova Lei Geral do Trabalho (LGT) foi aprovada quase que por unanimidade, na última quinta-feira, na Assembleia Nacional, sinal de que o diploma corresponde às expectativas das forças políticas representadas no Hemiciclo.
O mundo pende a cabeça num pranto colectivo, lamentando a perda de um ícone intemporal, Tina Turner, que faleceu aos 83 anos. Símbolo de uma vitalidade inesgotável e de uma força duradoura, Turner desafiou as convenções e tornou-se um emblema da ausência de idade.
Esta era uma mulher que embelezava as páginas brilhantes das revistas até aos sessenta e setenta anos, exibindo um par de pernas que exalavam uma sensação de confiança sexy, combinada com um corpo magro que contava histórias de disciplina e diligência.
As suas escolhas de estilo de vida atraíram a atenção global, inspirando uma miríade de ensaios, documentários e conversas. Turner, nascida nas paisagens exuberantes do Sul dos Estados Unidos, tinha uma escolha alimentar intrigante, que a afastava das famosas cozinhas gordurosas da região. Em vez disso, ela abraçou as delícias saborosas da cozinha tailandesa, uma cultura culinária conhecida pela sua forte ênfase em vegetais nutritivos.
Mas não era apenas a sua dieta que a mantinha animada; Tina Turner era uma dançarina zelosa. Possuía um amor inigualável pelo movimento e pelo ritmo, um amor que era igualado pela sua crença no poder restaurador de uma boa noite de sono. Ela certificava-se de que as suas noites eram pacíficas, calmas e cheias do sossego que só as horas tardias podem proporcionar.
No entanto, se nos debruçarmos apenas sobre o fascínio físico de Turner, estaremos a perder um ponto importante. Nascida Ana Mae Bullock, ela não era apenas uma artista carismática, mas também uma mulher de profunda inteligência. Confesso que a sua música, repleta da vibração energética do pop, embora inegavelmente agradável, não era a minha principal atracção. Em vez disso, a minha admiração resultou do facto de ter visto a personalidade articulada e sofisticada de Turner, que ela deu vida em entrevistas e aparições públicas.
Quando questionada sobre a razão pela qual escolheu trilhar o caminho desafiante da música rock, a sua resposta foi tão encantadora quanto surpreendente. Turner acreditava que a música rock tinha o poder de elevar os espíritos, de induzir alegria. Ela não se aventurou nos caminhos emotivos do blues ou do soul, não porque lhe faltasse capacidade, mas porque, nas suas próprias palavras, "não era boa a ficar triste!” Todas as suas afirmações eram acompanhadas por gargalhadas profundas e calorosas, que reflectiam a sua personalidade vibrante.
No entanto, o seu passado foi uma viagem tumultuosa marcada pelo sofrimento. O seu casamento com Ike Turner, o líder da banda que lhe serviu de trampolim para a fama, foi um capítulo horrível da sua vida. Ele era manipulador e cruel, uma tempestade de comportamentos ultrajantes que deixou Turner profundamente traumatizada. As atrocidades de Ike Turner chegaram ao ponto de a agredir em frente dos filhos, um testemunho arrepiante da força que Tina Turner possuía para ultrapassar um passado tão torturante. Em cada dificuldade, ela emergiu mais forte, um farol de resiliência e coragem. É este, acima de tudo, o legado que Tina Turner deixa: um testemunho do poder da perseverança, da força de carácter e do potencial ilimitado do espírito humano.
Apesar das tumultuosas provações que a vida lhe apresentou, Tina Turner emergiu como um farol de alegria, persistindo resolutamente na sua busca pela felicidade. Outrora assolada por uma desolação tão profunda que a levou à beira da auto-destruição, Turner enfrentou as garras sufocantes da toxicodependência, uma luta que espelhava a trágica queda do seu primeiro marido, Ike Turner, que sucumbiu a uma overdose em 2008.
No entanto, no meio desta cacofonia de desespero, Turner encontrou consolo nas paisagens tranquilas da Europa. Lembro-me de uma altura em que viajei pelas águas serenas do Lago Zurique, com o guia turístico a apontar para uma casa elegante que era um testemunho da resiliência de Turner. O capitão do navio partilhava com carinho histórias de Turner que aparecia na sua varanda para retribuir a adoração dos seus fãs que passavam.
O apoio eterno dos seus fãs europeus foi algo que Turner sempre guardou no seu coração, sempre grata pelo papel que desempenharam na construção da sua incrível viagem. Tal como a sua compatriota, a cantora Randy Crawford, Turner foi mais aclamada na Europa do que na sua terra natal. Nascida no Sul dos Estados Unidos, em 1939, onde a segregação racial era uma constante, Turner foi testemunha de mudanças monumentais na sociedade, sendo a sua vida um testemunho do poder transformador do tempo, da resiliência e do indomável espírito humano.
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