Opinião

Respostas imediatas e concertadas

As notícias sobre o aumento do número de casos de violências nas escolas estão a preocupar a sociedade e a lançam um alerta para a necessidade de uma intervenção urgente, com um envolvimento mais generalizado. Não somente das estruturas oficiais, mas de todos os intervenientes sociais. Pelo menos é um assunto a animar debates em muitos círculos.

21/03/2023  Última atualização 06H05

O jogo das culpas costuma a ser tónica dominante nos debates quando o assunto é viralizado nas redes sociais e ocupa as principais discussões dos meios mais movimentados da sociedade. Muitos lançam as baterias para as escolas, com a desculpa de não estarem a cumprir o seu papel, e outros, para os encarregados de educação, sob a alegação de que não educaram devidamente os filhos a partir da base.

É certo que a educação é um processo planificado e sistematizado de ensino e aprendizagem, que visa preparar de forma integral o indivíduo para as exigências da vida individual e colectiva e se desenvolve na convivência humana, a fim de ser capaz de enfrentar os principais desafios da sociedade, especialmente na consolidação da paz e unidade nacional e na promoção e protecção da pessoa humana e do ambiente, bem como no processo de desenvolvimento científico, técnico, tecnológico, económico, social e cultural do país. Assim se refere a Lei de Base do Sistema de Educação e Ensino.

Mas também é verdade que a família, sendo o núcleo fundamental da organização da sociedade, a primeira instituição onde se dá a socialização de um indivíduo, onde a criança inicia as actividades sociais e culturais, sobre ela recai o dever de contribuir para a educação de todos os seus membros no espírito do amor ao trabalho e respeito pelos valores culturais.

Pressupõe isso dizer que a responsabilidade pela formação das crianças é repartida entre todos os membros componentes da sociedade, razão porque todos devem estar unidos em prol do mesmo objectivo. Até porque a lei da família é muito bem clara neste aspecto quando refere que as crianças merecem especial atenção no seio da família, à qual cabe, em colaboração com o Estado, assegurar-lhes a mais ampla protecção e igualdade para que elas atinjam o seu integral desenvolvimento físico e psíquico e, no esforço da sua educação, se reforcem os laços entre a família e a sociedade.

Dizer hoje que a falha está numa ou noutra direcção é adiar a solução do problema, que todos já sabem que existe. O certo a fazer é todos, juntos, identificarem a origem para, de forma concertada, encontrarem os caminhos possíveis para a solução da questão.

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