Política

Primeira-Dama da República lança pedra para construção do Liceu Eiffel no Moxico

Lino Vieira | Luena

Jornalista

A Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, procedeu, terça-feira, no Luena, ao lançamento da primeira pedra para a construção do Liceu Eiffel, numa parceria da Missão Laica Francesa e as empresas petrolíferas que actuam em Angola.

27/03/2024  Última atualização 08H50
Primeira-Dama da República coloca o primeiro tijolo da obra © Fotografia por: Edições Novembro
O empreendimento vai ter três naves, compostas por  seis salas de aula, quatro laboratórios de Química, Física, Biologia e Informática, anfiteatro, uma quadra desportiva e vasta área de serviços e  de lazer.

A Rede de Liceus Eiffel, fundada há 16 anos, pela Total Energies Angola, já formou mais de três mil alunos, sendo que muitos deles se destacaram nas Olimpíadas nacionais e internacionais de Matemática e Literatura.

Em parceria com o Ministério da Educação, a  Rede das Escolas Eiffel compreende quatro liceus situados nas províncias do Bengo, Cuanza-Norte, Malanje e Cunene, com vista a proporcionar ensino de qualidade e gratuito, dentro dos padrões internacionais.

Para além do Moxico, prevê-se que o projecto seja alargado, ainda este ano, para a província do Huambo.

Na sua intervenção, na qualidade de madrinha do projecto, Ana Dias Lourenço afirmou que as parcerias público-privadas podem impactar os sectores sociais, em particular o da Educação.

A Primeira-Dama da República assegurou que as províncias do Huambo e do Moxico vão beneficiar do programa Liceus Eiffel, onde mais de mil jovens poderão juntar-se aos outros milhares que frequentam os quatro liceus já existentes no país.

Ana Dias Lourenço lembrou que a Eiffel já formou mais de três mil estudantes no país, beneficiando de bolsas internas e externas através da qualidade do ensino que oferece, tendo sublinhado que esta realidade trará um impacto nos jovens da região, em termos de ensino das ciências exactas e aprendizado das línguas francesa e inglesa.

Segundo Ana Dias Lourenço, nos  últimos anos, Angola tem registado progressos em termos de  acesso escolar, com a adopção de políticas públicas viradas à construção de mais escolas para a formação de professores e a criação de melhores condições de aprendizagem.

Ana Dias Lourenço agradeceu às empresas Total Energies e a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), pelo  convite para proceder ao lançamento da pedra desta imponente infra-estrutura escolar, que vai  contribuir para o aumento do acesso à educação, melhoria na qualidade do ensino e uma assistência integral mais humanizada, especialmente para as meninas.

"Eu defendo que não é possível abordar  os problemas que afectam as meninas, sobretudo as mulheres, em todo o mundo, sem falar da educação. Não é possível falar em desenvolvimento e empoderamento sustentável sem falarmos da educação”, ressaltou.

Ana Dias Lourenço afirmou que o combate às desigualdades garante boas oportunidades de ensino, formação e desenvolvimento de homens e mulheres, começando na primeira infância.

A Primeira-Dama da República realçou que a problemática da educação e desenvolvimento integrado e sustentável são questões que a comovem e tem isso como um compromisso pessoal.

Ana Dias Lourenço reafirmou os agradecimentos à Total Energies, ao Bloco 32 e à ANPG, pelo trabalho desenvolvido no âmbito da responsabilidade social, sobretudo no apoio ao sector da Educação e em particular da valorização da jovem mulher na sociedade. O governador Ernesto Muangala manifestou também a sua satisfação, dizendo que a construção de uma escola pública desta magnitude, além de aumentar o número de infra-estruturas, vai garantir um ensino de qualidade nas disciplinas nucleares.

Ainda no cumprimento da sua agenda, a Primeira-Dama da República inaugurou o internato feminino Santa Isabel, afecto à Diocese do Luena, com capacidade para albergar 96 crianças dos municípios dos Bundas, Luchazes e Alto Zambeze. Na sua intervenção, o bispo da Diocese do Luena, Dom Martin Lazar, afirmou que há muitas  meninas que estão impedidas de desenvolver as suas potencialidades e seus dotes intelectuais por serem vítimas da  pobreza extrema, fragmentação familiar e do  abandono.

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