A Companhia Siderúrgica do Cuchi (CSC), na província do Cuando Cubango, prevê plantar até ao final deste ano cerca de dois milhões de mudas de eucaliptos para garantir o aumento de tecido de carvão e, consequentemente, do ferro gusa, revelou o director-geral de produção da empresa.
O Dubai vai começar a construir novos terminais no Aeroporto Internacional Al Maktoum, para convertê-lo no maior do mundo, com capacidade para mais de 260 milhões de passageiros, um projeto avaliado em cerca de 33.000 milhões de dólares.
O Porto do Lobito está a implementar o modelo de gestão organizativo do tipo “Landlord Port”, que é usado nos portos internacionais
Em entrevista exclusiva ao Jornal de Angola, o presidente do Conselho de Administração do Porto do Lobito, Celso Rosas, afirmou que a concessão dos Terminais Polivalente e Minério vai dinamizar a produtividade e contribuir para o crescimento sustentável da região.
Qual
será a principal actividade do Porto do Lobito, com a concessão dos Terminais
Polivalente e Minério?
O projecto do Porto Senhorio já se encontra em funcionamento desde o passado 11 de Dezembro de 2023. Hoje, o Porto já não tem a responsabilidade directa com os serviços de movimentação de carga e descarga de mercadorias. Estes serviços são, agora, da inteira responsabilidade da concessionária África Global Logistics (AGL).
Neste momento, a nossa responsabilidade é regular e fiscalizar a actividade portuária, exercendo o papel de autoridade portuária.
Que benefícios o programa Senhorio irá trazer para o Porto do Lobito e ao país?
Bem, as empresas concessionárias durante o período de concessão, realizarão investimentos significativos no que concerne aos equipamentos e infra-estruturas. Podemos aferir também que com esse processo, o Porto do Lobito reduziu em 60 por cento os custos com o pessoal, propriamente salários, assistência médica e medicamentosa, cesta básica e formação.
Quais são as vantagens do programa Senhorio?
Esperamos que este programa melhore a navegação no Porto do Lobito e contribua para diminuir as assimetrias regionais, sabendo que uma das concessionárias, que é o Lobito Atlantic Railway (LAR), está directamente ligada ao Corredor do Lobito.
Aliás, o programa Senhorio é um modelo de gestão organizativa do tipo "Landlord Port", que é usado pela maior parte dos portos a nível mundial por ser funcional, pois o mesmo traduz-se em resultados positivos em termos de eficiência e eficácia da operação portuária.
Este programa faz parte dos grandes desafios do Ministério dos transportes?
Sim, para dizer que com estas concessões, o Executivo de forma geral, espera dinamizar a produtividade dos Terminais e contribuir para o crescimento sustentável da região. De salientar que o programa Senhorio vai aumentar de certa forma a competitividade saudável entre os portos nacionais.
Qual é o período de vigência dos Terminais concessionados?
Olha, existe um período de operacionalização para os Terminais ora concessionados, sendo 20 anos para o Terminal Polivalente, concessionado pela África Global Logistics (AGL), e 30 anos, para o Terminal Minério, concessionado pela Lobito Atlantic Railway (LAR).
Que destino será dado aos trabalhadores com a concessão desses Terminais?
Com esta transição ao ente privado não prejudicou qualquer trabalhador, pois, acautelou-se desde o princípio das negociações e foram salvaguardados os direitos dos mesmos, tanto que a concessionária tem a obrigação de manter os postos de trabalho e remunerações (declaração de rendimentos assinada pelos trabalhadores), que encontra respaldo no Decreto 52/97 art. 29-Bases Gerais das Concessões Portuárias.
Como foi a actividade operacional do Porto do Lobito no ano passado?
Em 2023, foram movimentados 13.432 contentores, 6.237 descarregados e 7.195 carregados, perfazendo 20.477 Teus equivalentes a 275.241 toneladas contentorizadas. Em termos comparativos, em 2022, obtivemos um valor percentual negativo de 23, 10 por cento, relativamente a contentores, tivemos 9.94 por cento em Teus e 21,26 por cento em tonelagem.
E como foi a actividade operacional, no princípio deste ano?
Neste período do ano, a actividade operacional foi negativa se comparado ao mesmo período do ano anterior. Nos meses de Janeiro e Fevereiro do ano 2023, no Porto do Lobito atracaram 54 navios e a movimentação de carga foi de 221.706, 39 toneladas. Em Janeiro e Fevereiro de 2024 atracaram no Porto do Lobito 37 navios e a movimentação de carga foi de 133.684,53 toneladas.
Na base comparativa houve uma diminuição de 17 navios que são menos 31,48 por cento e também uma diminuição de 88.021,86 toneladas, perfazendo menos 39,70 por cento em relação ao período homólogo.
Que dados possui sobre a proveniência de navios que atracaram no Porto do Lobito?
Quanto à proveniência, quero dizer que atracaram 23 navios nacionais e 328 vindos de diferentes partes do mundo, perfazendo um total de 351 navios. Durante as operações de 2023 e 2022, as receitas tiveram uma variação positiva na ordem dos 3,58 por cento.
O que está a ser feito, no âmbito do programa de reestruturação e modernização do Porto do Lobito?
Depois da última reestruturação do Porto do Lobito que cingiu-se na reabilitação, expansão e modernização, destacando entre as obras, a construção de um Terminal de Contentores e extensão do Terminal Sul, a construção de um Porto Seco, a construção de uma ponte sobre a marginal, que facilita o escoamento das mercadorias e a construção de um Terminal de Minério.
Hoje, no âmbito da modernização o Porto do Lobito está apostado na melhoria das suas infra-estruturas tecnológicas, como a Janela Única Portuária (JUP), a sinalização da Baía, a modernização do VTS, a colocação de um Data Center, que permitirão uma melhor comunicação interna e externa no que concerne aos seus parceiros de negócios.
Que mudanças visíveis podem ser destacadas com o programa de modernização?
As mudanças são visíveis, porque hoje o Porto do Lobito tem Terminais com grandes dimensões, fruto do investimento do Executivo e apresenta melhorias significativas no que concerne à interação com os seus parceiros, resultado da revolução tecnológica que se está a implementar.
Que benefícios o programa de modernização trouxe para os trabalhadores?
Trouxe muitos benefícios, porque os navios de maior dimensão começaram a atracar no Porto do Lobito, trazendo resultados positivos culminando na melhoria de receitas para a empresa portuária do Lobito. O Porto do Lobito tem um programa anual de formação para os trabalhadores, que é aprovado pelo Conselho de Administração.
E quanto aos meios operacionais?
Os meios operacionais, equipamentos e máquinas encontram-se num estado aceitável, mas existe um programa de recuperação dos mesmos que já está em vigor.
Pode destacar os principais apoios às comunidades, no quadro do programa de responsabilidade social?
Um dos apoios é a construção da cozinha e lavandaria comunitária, reabilitação do Lar dos idosos, doação de sangue, reabilitação do Auditório Sérgio Luther Rescova, manutenção de alguns jardins do município do Lobito e as consultas gratuitas às comunidades mais carenciadas.
Temos apoiado a Casa Pessoal do Porto do Lobito, que atende 350 jovens, nas modalidades de basquetebol, andebol e hóquei em patins. Quanto à assistência médica e medicamentosa, temos a Clínica do Porto que funciona em plenitude, realçamos que a empresa também dispõe de um Posto de Socorro que se encontra dentro do recinto portuário e um Centro de Fisioterapia e Pediatria.
Temos dado, igualmente, o direito de assistência médica e medicamentosa aos nossos trabalhadores, em que 75 por cento é da responsabilidade da empresa, e 25 por cento, é da responsabilidade do trabalhador.
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