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ONU aprova resolução para cessar-fogo em Gaza

O Conselho de Segurança da ONU aprovou, segunda-feira, uma resolução que exige o cessar-fogo imediato em Gaza durante o Ramadão.

26/03/2024  Última atualização 06H50
Conselho de Segurança da ONU © Fotografia por: DR
De acordo com a Lusa que cita a Reuters, a resolução exige, igualmente, que todos os reféns sejam libertos, assim como a garantia de acesso humanitário para atender às necessidades médicas e outras necessidades humanitárias, e exige, ainda, que as partes em conflito cumpram as  obrigações ao abrigo do Direito Internacional "em relação a todas as pessoas que detêm”.

O texto recebeu 14 votos a favor e uma abstenção dos Estados Unidos. Após mais de cinco meses de guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas, em Gaza, esta é a primeira vez que o Conselho de Segurança consegue aprovar uma resolução relativamente a um cessar-fogo no enclave, depois de vários projectos terem sido consecutivamente vetados.

O caso mais recente aconteceu na sexta-feira, quando uma resolução da autoria dos Estados Unidos que "determinava um cessar-fogo imediato e sustentado” em Gaza foi rejeitada por países como a Rússia e a China, que se opuseram à linguagem utilizada no texto, nomeadamente por não "exigir” essa cessação das hostilidades e por vincular o cessar-fogo à libertação dos reféns detidos pelo Hamas.

A resolução, agora, aprovada "exige um cessar-fogo imediato para o mês do Ramadão, respeitado por todas as partes, levando a um cessar-fogo duradouro e sustentável”.

O Ramadão começou a 10 de Março e termina em 9 de Abril, o que significa que a exigência de cessar-fogo durará apenas duas semanas. A resolução foi apresentada pelos 10 Estados-membros eleitos do Conselho de Segurança: Argélia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovénia e Suíça.

Desde o início da guerra, o Conselho de Segurança apenas conseguiu aprovar duas resoluções e nenhuma delas dizia respeito a um cessar-fogo, mas, sim, a questões humanitárias. Contudo, os resultados são escassos, a ajuda a Gaza continua a ser largamente insuficiente e a fome está iminente no enclave, num momento em que mais de 32 mil pessoas já morreram.

  NAÇÕES UNIDAS
Responsável humanitário vai demitir-se por razões de saúde

O dirigente do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), o britânico Martin Griffiths, particularmente crítico do impacto da guerra israelita em Gaza, vai demitir-se por razões de saúde, anunciou, ontem, um porta-voz da ONU.

"Martin Griffiths informou o Secretário-Geral (da ONU, António Guterres) da sua intenção de se demitir por razões de saúde”, disse Farhan Haq, citado pela Lusa, acrescentando que o responsável permanecerá no cargo até Junho, para organizar a transição da pasta.

"Após três anos neste cargo, informei António Guterres da minha intenção de me demitir em Junho”, declarou Martin Griffiths numa mensagem na rede social X (antigo Twitter).

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