Por conta de algum ajuste da pauta aduaneira, concretamente relacionada com a taxação dos produtos de uso pessoal, nos últimos dias, a Administração Geral Tributária (AGT) esteve, como se diz na gíria, na boca do povo. A medida gerou uma onda de insatisfação e, sendo ou não apenas a única razão, foi declarada a suspensão daquela modalidade de tributação, nova na nossa realidade.
Persigo, incessante, mais um instante para privilegiar o sossego. Para a parte maior da raça humana, pondero tratar-se da necessidade que se vai evidenciando quando a tarde eiva as objectivas da vida. Rastos de águas passadas há muito direccionam o moinho para a preciosidade do tempo.
A visita de estado que o Presidente da República, João Lourenço, efectua à República Checa reveste-se de um significativo valor histórico e relativo sentido de nostalgia para determinados compatriotas, que tiveram aquele país, ainda com a designação de República Socialista da Checoslováquia, como a pátria circunstancial em que viram realizado o sonho de formação académica e profissional.
O factor da elasticidade temporária a que a diplomacia está permanentemente exposta, com avanços e recuos nas relações entre os Estados, determinou que este seja o momento próprio para o regresso à uma cooperação histórica com visão inovadora.
A aposta na República Checa, classificada pela ONU como o 14.º país no desenvolvimento humano ajustado à desigualdade, com uma economia avançada e elevados padrões de vida, reforça a visão do estadista angolano em matéria da diplomacia que, neste caso, reflecte a revitalização e redinamização do espólio da cooperação diplomática entre Angola e a República Checa.
O foco no estabelecimento de uma cooperação mais sólida e efectiva nos mais variados domínios, com base em parcerias que resultem em reciprocidade de vantagens, é um dos factores de inovação associados ao designado no âmago desta reflexão.
Conhecida, dentre várias rarezas, pelos castelos ornamentados, bem como pelo grande número de construções góticas, renascentistas e barrocas, muitas das quais abrigam restaurantes e lojas, a República Checa mantém uma relação de intimidade com questões de turismo, segmento que Angola pode explorar, no âmbito da política de fomento deste sector, cuja importância decisiva nas economias mais avançadas é uma realidade.
A referência ao sector do turismo está alinhada ao enorme potencial angolano da sua cultura, biodiversidade e clima, factores expressivos do elevado nível de atractividade, bem como a perspectiva de concretizar, efectivamente, o turismo como uma indústria.
Desta realidade, augura-se maior representatividade na contribuição ao PIB, alterando os dados de 2019, que atribuiram ao sector do turismo uma participação na ordem de 3%, de acordo com os resultados do estudo realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no referido ano.
Importa salientar que a República Checa tem uma comunidade científica altamente sofisticada, desenvolvida, de alto desempenho e orientada para a inovação. Considerando que o Sistema Nacional de Inovação de Angola ainda apresenta limitações, destaca-se, da vista do Presidente da República, a necessidade de ser explorado este segmento para elevar a qualificação do capital humano, visando promover a interação entre os vários agentes de inovação.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginEm diferentes ocasiões, vimos como o mercado angolano reage em sentido contrário às hipóteses académicas, avançadas como argumentos para justificar a tomada de certas medidas no âmbito da reestruturação da economia ou do agravamento da carga fiscal.
O conceito de Responsabilidade Social teve grande visibilidade desde os anos 2000, e tornou-se mais frequente depois dos avanços dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Portanto, empresas socialmente responsáveis nascem do conceito de sustentabilidade económica e responsabilidade social, e obrigam-se ao cumprimento de normas locais onde estão inseridas, obrigações que impactam nas suas operações, sejam de carácter legal e fiscal, sem descurar as preocupações ambientais, implementação de boas práticas de Compliance e Governação Corporativa.
A ideia segundo a qual Portugal deve assumir as suas responsabilidades sobre os crimes cometidos durante a Era Colonial, tal como oportunamente defendida pelo Presidente da República portuguesa, além do ineditismo e lado relevante da política portuguesa actual, representa um passo importante na direcção certa.
O continente africano é marcado por um passado colonial e lutas pela independência, enfrenta, desde o final do século passado e princípio do século XXI, processos de transições políticas e democráticas, muitas vezes, marcados por instabilidades, golpes de Estado, eleições contestadas, regimes autoritários e corrupção. Este artigo é, em grande parte, extracto de uma subsecção do livro “Os Desafios de África no Século XXI – Um continente que procura se reencontrar, de autoria de Osvaldo Mboco.
Pelo menos 21 pessoas morreram na sequência de um naufrágio que ocorreu no Rio Lufira, na zona sudeste da República Democrática do Congo (RDC), tendo 11 dos passageiros conseguido salvar-se, noticia hoje a agência espanhola EFE.
O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.
A judoca angolana Maria Niangi, da categoria dos -70 kg, consegui o passe de acesso aos Jogos Olímpicos de Verão, Paris'2024, ao conquistar, sexta-feira, a medalha de ouro no Campeonato Africano de Judo que decorre na Argélia.
A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola, Denise António, destacou, sexta-feira, em Luanda, a importância do Governo angolano criar um ambiente propício para a atracção de mais investidores no domínio das energias renováveis.
O artista plástico, João Cassanda, com a obra “Mumuíla Feliz”, e o escultor Virgílio Pinheiro, com a escultura “Piéta Angolana”, são os vencedores da 17.ª edição do Grande Prémio ENSA-Arte 2024, tendo arrebatado uma estatueta e um cheque no valor de seis milhões de kwanzas.
Nascido Francis Nwia-Kofi Ngonloma, no dia 21 de Setembro de 1909 ou 1912, como atestam alguns documentos, o pan-africanista, primeiro Primeiro-Ministro e, igualmente, primeiro Presidente do Ghana, mudou a sua identidade para Nkwame Nkrumah, em 1945, com alguma controvérsia envolvendo o ano de nascimento e o nome adoptado.