As acções programadas para melhorar a imagem da cidade são executadas, fundamentalmente, nos bairros Vieta, São Felipe, Carreira de Tiro, Mahamba, Camundai, Mesquita e Tiro-aos-Pratos, onde a população defende, também, melhorias na recolha de resíduos sólidos, na iluminação pública e nas vias de acesso.

Munícipes contactados pela nossa reportagem aplaudem as acções executadas e as que estão em curso, visando a melhoria da qualidade de vida da população.

Manuel Gabriel, residente na zona de São Felipe, desde 2015, lamenta o estado das vias de acesso, factor que, em sua opinião, tem contribuído para o desgaste excessivo das viaturas. 

O munícipe defende melhorias na iluminação pública, no saneamento básico e reforço do abastecimento de água potável, solicitando, por outro lado, mais unidades sanitárias, para que os cerca de 20 mil habitantes da zona de São Felipe deixem de percorrer longas distâncias em busca de assistência médica.

"Há ruas que têm postes de iluminação pública, mas estão inoperantes há mais de dois anos, por falta de serviços de manutenção”, disse Manuel Gabriel.

Marcelina Domingos, residente no bairro Vieta, pede às autoridades administrativas mais trabalho para que a água jorre em torneiras de todas as moradias, para que a população de certas áreas deixe de depender de rios e de cacimbas. Solicita, também, mais acções para que a lama e os focos de lixo deixem de preocupar a população, sobretudo, no período chuvoso. 

 
Obras em curso 

A Administração Municipal de Cazengo executa, desde 2021, obras de terraplanagem e asfaltagem, visando a melhoria nos acessos aos bairros das Mangueiras, Juventude e Sassa. 

Dados da Administração Municipal dão conta de que decorrem, também, trabalhos que visam à melhoria do abastecimento de água potável, estando prevista, para Junho, a conclusão da estação de captação e tratamento, a partir do rio Lussue, para beneficiar mais de 28 mil famílias.

O fiscal da obra, Agostinho Gonçalves, disse que os trabalhos estão na recta final. "Estão pagos 22 por cento dos mais de três mil milhões de kwanzas, que correspondem ao custo geral da empreitada”. 

Agostinho Gonçalves fez saber que o sistema de captação tem capacidade para produzir 200 metros cúbicos por hora, acrescentando que o projecto está erguido numa área de 2.400 metros quadrados, onde existem quatro girafas para o abastecimento de camiões, zona administrativa, gerador de 150 KVA, dormitório e refeitório. 

A empreitada começou em Julho de 2022, com fundos públicos, com o objectivo de reforçar o Projecto de Fornecimento do Mucari, tido como insuficiente para atender os mais de 200 mil habitantes de Ndalatando.

 A outra fonte de abastecimento de água potável vem do rio Lucala, no município com o mesmo nome, que dista a 35 quilómetros de Ndalatando, cujo término está previsto para o primeiro trimestre de 2024, para beneficiar cerca de 200.000 habitantes.  

 
Novo hospital

Dados da Administração Municipal dão conta que o novo Hospital de Ndalatando vai atender mais de mil pacientes por dia. As obras, orçadas em 63 milhões de dólares, começaram em Agosto de 2021 e podem ser concluídas até Dezembro do corrente ano. 

O novo Hospital de Ndalatando está a ser erguido numa área de 15 mil metros quadrados, na localidade de Quirima do Meio, e terá capacidade para internar 200 pacientes,  encontrando-se as obras em 48 por cento de execução.

Na nova unidade sanitária de Ndalatando vão ser prestados, entre outros, serviços de neonatologia, cuidados intensivos, ortopedia, obstetrícia, cirurgia, queimaduras, medicina interna, otorrino, oftalmologia, medicina dentária, psiquiatria, gastroenterologia e hemodiálise. 

 
Executivo recupera estrutura do BNA 

As instalações do Banco Nacional de Angola em Ndalatando estão a ser requalificadas, para que a instituição bancária entre em funcionamento no próximo ano.

Fonte ligada ao projecto dá conta que as obras começaram no ano passado e estão a cerca de 35 por cento de execução física, tendo sido melhoradas as paredes exteriores, que receberam trabalhos de rebeque e pintura. 

O tecto foi trocado e é notória a criação de mais um edifício, de um andar, na parte exterior do banco. De referir que a cidade de Ndalatando, capital da província do Cuanza-Norte e sede do município de Cazengo, conta com serviços de luta contra a doença do sono e grande parte da população dedica-se à cultura de algodão, café, dendém, banana, cana-de-acuçar, cacau, mandioca, sisal, girassol, milho, frutas e hortícolas. 

Com suas sucessivas remodelações, foi progredindo com a construção de várias infra-estruturas de impacto social.

A cidade ganha maior notoriedade com o surgimento, em 1.879, do Caminho-de-Ferro de Ambaca, que influiu na transferência da sede do Conselho de Cazengo de Caculo Camuinza para Ndalatando, em 1.900.

Actualmente, o município sede tem 1.793 quilómetros, compreendendo a comuna da Canhoca, Sectores de Zavula e Zanga e 117 bairros, sendo 46 da periferia e 71 suburbanos, com uma população estimada em mais de 200.000 habitantes, contando com 115 autoridades tradicionais.