Isso, destacou, é fruto dos novos projectos executados pelo Governo da província, no quadro do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e do Programa de Investimentos Públicos (PIP).

 José Bravo da Rosa salientou que os investimentos que a província tem estado a beneficiar, sobretudo em Menongue, visam garantir o funcionamento contínuo e devem ser compensados com o pagamento regular de consumo da energia, uma vez que a dívida de clientes acumulada desde 2015 ascende aos 1,3 mil milhões de kwanzas.

De forma a prolongar a vida útil dos equipamentos, a ENDE tem estado a fazer manutenções programadas, para que estejam em bom estado operacional e não constituam preocupação para a empresa.

Postos de iluminação de madeira foram, contudo, afectados pelas chuvas que se abatem sobre Menongue, mas, à medida que acontecem casos do género, a empresa tem feito algumas intervenções para que os consumidores não sofram interrupções no fornecimento.

Dos 21.900 clientes registados em Menongue, apenas três mil têm contadores pré-pagos nas suas residências, equipamentos que são instalados de forma tímida, devido à escassez, afirmou o director, anunciando a decisão da instalação, ainda este ano, de seis mil contadores, para garantir a eficiência do consumo e da cobrança.  

José Bravo da Rosa instou os clientes com dívidas a dirigirem-se aos balcões da ENDE para pagamento, podendo fazê-lo de forma faseada, para não sofrerem cortes coercivos.

Vandalização de bens

Questionado sobre a vandalização dos equipamentos, disse que a empresa tem estado a registar muitos casos na rede de baixa tensão, em alguns bairros periféricos, onde populares fazem puxadas (consumo ilegal de energia) e roubam cabos. 

Pediu às populações que optem pela denúncia, de forma a alertar a empresa e os órgãos policiais e a responsabilizar criminalmente os criminosos.

Lembrou que, dos nove municípios da província do Cuando Cubango, apenas o Cuito Cuanavale e Menongue possuem centrais térmicas, acrescentando que o Cuangar, Calai e Dirico beneficiam da energia eléctrica proveniente da Namíbia, cuja expansão clama por mais investimentos. Os demais municípios dependem da energia eléctrica produzida pelos pequenos grupos geradores.