Política

Marinha pronta para participar em manobras militares globais

Pedro Ivo

Jornalista

O chefe da Direcção de Operações da Marinha de Guerra Angolana (MGA), contra-almirante Josemar de Carvalho, garantiu, segunda-feira, em Luanda, a prontidão deste ramo das Forças Armadas Angolanas (FAA) para participar, com sucesso, no exercício "Obangame Express 2024", quer através de meios tácticos, quer com efectivos.

07/05/2024  Última atualização 07H25

Josemar de Carvalho assegurou a prontidão das forças em declarações à imprensa, durante o acto de lançamento do exercício internacional de manobras militares, realizado na Base Naval de Luanda.

Dentre os meios preparados para serem utilizados pela MGA no Obangame Express 2024, destacou o contra-almirante, está o navio de patrulhamento e fiscalização NP-202 "Njinga Mbande", que cumpre missões de busca e salvamento, asseguramento presidencial, entre outros serviços.

"No que diz respeito à participação e ao engajamento da Marinha neste exercício, o contra-almirante disse que vai impulsionar na operacionalização das forças que poderão cumprir outras missões a nível do continente ", disse Josemar de Carvalho.

 De acordo, ainda, com o responsável máximo pelas operações da Marinha de Guerra, o Obangame Express 2024 é um exercício realizado, anualmente, no âmbito do Código de Conduta de Yaoundé, Camarões, que versa sobre a segurança marítima no Golfo da Guiné, onde fazem parte 17 países, e está subdividido em cinco zonas, nomeadamente A, D, E, F e G.

Disse que a zona A é coordenada por Angola e estão integrados mais cinco países, nomeadamente Congo Brazzaville, República Democrática do Congo (RDC), República Centro-Africana (RCA), Rwanda e o Burundi. Estes três últimos foram inseridos recentemente, aquando da realização da última reunião dos Chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), em Kinshasa, RDC.

Josemar de Carvalho explicou, ainda, que o exercício militar pretende criar sinergias nacionais para capacitar as respectivas marinhas, aprimorando a legislação no combate aos ilícitos e a troca de informações entre os Estados-membros do Golfo da Guiné.

"Este exercício que lançamos, hoje, (ontem) tem que ver com a execução prática das nossas forças navais no teatro de operações marítimas. Isto pressupõe dizer que há uma grande troca de experiências, não simplesmente com os integrantes da zona A, mas, sim, de um todo, porque as zonas estão interligadas por vários sistemas de comunicação", disse.

Do ponto de vista geoestratégico, segundo o contra-almirante, o Golfo da Guiné é, actualmente, considerado "cheque-ponte" energético mundial, porém lamentou que a existência de actos ilícitos condiciona o desenvolvimento dos Estados costeiros que constituem o espaço marítimo.

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