O Presidente João Lourenço recebeu, sexta-feira, em audiência, em Lisboa, o ex-Primeiro-Ministro português, António Costa, que foi agradecer, pessoalmente, o Chefe de Estado angolano pela "excelente relação" que foram mantendo ao longo dos oito anos que esteve à frente do Governo.
O conflito prevalecente no Sudão e no Leste da República Democrática do Congo (RDC) dominou, terça-feira, em Luanda, o encontro entre o Presidente da República, João Lourenço, e o homólogo do Sudão do Sul, Salva Kiir.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Téte António, em declarações aos jornalistas, no final do encontro entre os estadistas, João Lourenço e Salva Kiir falaram, essencialmente, do processo de paz no Leste da RDC e do conflito no Sudão.
"Como sabemos, o Presidente João Lourenço está a mediar o conflito entre o Rwanda e a RDC e a trabalhar no âmbito do Processo de Luanda, sobre a procura da paz neste país. E o Presidente Salva Kirr, que é também o presidente da Comunidade da África do Leste, tem responsabilidades no chamado Processo de Nairobi e é o medianeiro do conflito no Sudão”, esclareceu o chefe da diplomacia angolana.
Do diálogo entre o Campeão da Paz e Reconciliação em África e o Presidente da Comunidade da África do Leste, revelou ainda Téte António, há responsabilidades que são complementares, tendo sublinhado que, da análise das duas situações, "houve uma convergência de pontos de vista”, relativamente às ideias e esforços que empreendem para o fim do conflito na RDC e no Sudão.
"Os dois Chefes de Estado acordaram continuar a trabalhar no âmbito da coordenação que já existe, entre o Processo de Luanda e o Processo de Nairobi, para que a RDC encontre a paz tão desejada” pelas suas populações, assegurou o chefe da diplomacia angolana.
No que diz respeito ao Sudão, Téte António referiu que o Presidente João Lourenço já teve algumas iniciativas, "não só de ser o Campeão pela Paz e Reconciliação em África”, mas também "pelo facto do Sudão ser membro da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos”, justificando, desta forma, o interesse angolano na resolução do conflito naquele país africano.
"Temos uma história bastante rica com este país, que é o Sudão do Sul. Tivemos uma relação de camaradagem, razão pela qual a delegação do Sudão do Sul aproveitou a vinda a Luanda para agradecer, ao Governo e ao povo angolano, pelo apoio dado durante a luta pela Independência”, acrescentou.
O apoio prestado por Angola ao Sudão do Sul, revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros, além de material, incidiu igualmente sobre outros géneros, incluindo formação, essencialmente os estudantes que foram para Cuba e que transitavam por Luanda, antes de irem para Havana estudar, e "que são hoje os médicos e engenheiros com os quais o Sudão do Sul conta”.
O Sudão do Sul é o mais novo Estado africano, tendo proclamado a sua Independência a 9 de Julho de 2011. De 2005 a 2011, foi uma região autónoma na República do Sudão. A constituição actual foi assinada em 7 de Julho de 2011.
O Sudão do Sul faz fronteira a Leste com a Etiópia, a Sul com o Quénia, Uganda, República Democrática do Congo (RDC), e a Oeste com a República Centro Africana (RCA).
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