Em diferentes ocasiões, vimos como o mercado angolano reage em sentido contrário às hipóteses académicas, avançadas como argumentos para justificar a tomada de certas medidas no âmbito da reestruturação da economia ou do agravamento da carga fiscal.
O conceito de Responsabilidade Social teve grande visibilidade desde os anos 2000, e tornou-se mais frequente depois dos avanços dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Portanto, empresas socialmente responsáveis nascem do conceito de sustentabilidade económica e responsabilidade social, e obrigam-se ao cumprimento de normas locais onde estão inseridas, obrigações que impactam nas suas operações, sejam de carácter legal e fiscal, sem descurar as preocupações ambientais, implementação de boas práticas de Compliance e Governação Corporativa.
As operações de buscas e de remoção dos escombros do edifício que demoliu na madrugada de sábado, em Luanda, encerraram ontem, segundo informações da Comissão Provincial de Protecção Civil de Luanda.
Para gáudio de todos, não houve registos de vítimas humanas. Mas fica no ar o alerta para a necessidade de uma atenção redobrada para prevenir situações do género no futuro.
Uma grande parte dos edifícios da baixa da cidade de Luanda é antigo, remontando a sua construção à época colonial, e os alertas do corpo de civil e bombeiros, especialistas na matéria, sobre determinadas precauções a observar precisam de ser tidos em conta.
Nos edifícios públicos, as formas de acatar os conselhos e recomendações, bem como as medidas de pressão para levar as pessoas a assumirem um comportamento mais adequado, tomam dimensão diferente nos prédios que são de propriedade privada.
Tornou-se uma febre as reabilitações e modificações estruturais em edifícios antigos, não somente em Luanda. São operadas remodelações quer no interior dos apartamentos, para acomodar mais compartimentos e famílias, quer nos terraços, muitos dos quais passaram mesmo a comportar novos apartamentos.
Alguns casos por necessidade de mais espaço apenas, outros para permitir aumento de lucro nos arrendamentos, situações que deixam os edifícios com um peso superior à capacidade prevista na altura da sua construção.
As manutenções regulares precisam também de ser tidas em conta. Mas recomenda-se acima de tudo maior interacção com os órgãos especializados na matéria e acatar as orientações que emitem, após apreciação do estado das infra-estruturas. Normalmente, no final das visitas, emitem um relatório, apontam as anomalias e, quando for caso, recomendam evacuação.
No caso do edifício da avenida Comandante Valódia constou ter havido alerta do corpo de bombeiros para o risco de desabamento do prédio, que, entretanto, não foi levado em consideração, embora tenha servido para deixar os moradores em alerta.
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LoginA ideia segundo a qual Portugal deve assumir as suas responsabilidades sobre os crimes cometidos durante a Era Colonial, tal como oportunamente defendida pelo Presidente da República portuguesa, além do ineditismo e lado relevante da política portuguesa actual, representa um passo importante na direcção certa.
O continente africano é marcado por um passado colonial e lutas pela independência, enfrenta, desde o final do século passado e princípio do século XXI, processos de transições políticas e democráticas, muitas vezes, marcados por instabilidades, golpes de Estado, eleições contestadas, regimes autoritários e corrupção. Este artigo é, em grande parte, extracto de uma subsecção do livro “Os Desafios de África no Século XXI – Um continente que procura se reencontrar, de autoria de Osvaldo Mboco.
A onda de contestação sem precedentes que algumas potências ocidentais enfrentam em África, traduzida em mudanças político-constitucionais, legais, por via de eleições democráticas, como as sucedidas no Senegal, e ilegais, como as ocorridas no Níger e Mali, apenas para mencionar estes países, acompanhadas do despertar da população para colocar fim às relações económicas desiguais, que configuram espécie de neocolonialismo, auguram o fim de um período e o início de outro.
Trata-se de um relevante marco o facto de o Conselho de Ministros ter aprovado, na segunda-feira, a proposta de Lei dos Crimes de Vandalismo de Bens e Serviços Públicos, para o envio à Assembleia Nacional que, como se espera, não se vai de rogada para a sancionar.
Dois efectivos da Polícia Nacional foram, quinta-feira, homenageados, pelo Comando Municipal de Pango Aluquém, por terem sido exemplares ao rejeitarem o suborno no exercício das actividades, na província do Bengo.
Vasco Lourenço, um dos capitães de Abril que derrubaram a ditadura salazarista há 50 anos em Portugal, foi hoje recebido em Lisboa pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, na qualidade de Presidente da Associação 25 de Abril.
A responsável pela Secção de Crimes contra o género da Polícia Nacional, Intendente Sarita de Almeida, realizou, quinta-feira, em Juba Central Equatorial State, no Sudão do Sul, um Workshop sobre Direitos Humanos e Protecção Infantil.