“Rosa Baila”, “Chikitita”, “Perdão”, dentre outros sucessos que marcam o percurso artístico de Eduardo Paím, serão apresentados amanhã, a partir das 19h30, no concerto comemorativo aos 60 anos natalícios do cantor e produtor.
Os escritores Agostinho Neto e António Jacinto são, hoje, às 10h, homenageados como “Poetas da Liberdade”, no Festival de Música e Poesia, que acontece no auditório do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa, em Lisboa, Portugal.
O estado de execução das obras de reabilitação das infra-estruturas integradas do Museu Nacional de Arqueologia (MNA), em Benguela, foi constatado pelo o Inspector Geral da Administração do Estado (IGAE), João Pinto, durante a visita de trabalho na província.
Depois da visita guiada pelo edifício mostrou-se satisfeito com o ritmo das obras em curso. João Pinto percorreu várias áreas, desde as zonas de exposições e demais dependências. João Pinto realçou que os trabalhos em execução permitem preservar e conservar melhor o acervo existente.
Na companhia do governador provincial, Luís da Fonseca Nunes, e técnicos da instituição que dirige, recebeu da directora do Museu Nacional de Arqueologia, Maria Helena Benjamim, explicações sobre todas as fases cumpridas no processo que resultou na recuperação das infra-estruturas.
A visita durou uma hora, tempo suficiente para João Pinto conhecer todas as dependências da instituição, receber informações detalhadas sobre os trabalhos de recuperação do edifício, que resulta do Programa do Governo Provincial de Benguela, no quadro da reabilitação dos monumentos e sítios locais.
O Inspector Geral constatou, também, o resultado das pesquisas arqueológicas em Angola, feitas pelos quadros do Museu, que datam de 1800, assim como, todo o material, desde os artefactos de ferro, pedra, madeira e feitos em palha, bem como, as datas históricas de escavação e as condições de conservação.
As diversas exposições de artefactos líticos (choppers, lanças de ferro, núcleos, bifaces e lascas), objectos de cerâmica, macutas, dentes de tubarão (Megalodon), que existe há milhares de anos e missangas, despertaram mais a atenção do visitante.
Demoradamente, observava a viatura de marca "Land Rover”, uma oferta do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, na época, utilizada para os trabalhos de campo, João Pinto disse que "está aí o passado e um presente histórico.”
A passagem de João Pinto ao Museu Nacional de Arqueologia de Benguela, um Património Nacional Histórico, esteve enquadrada na primeira viagem de trabalho que efectuou a Benguela, depois de ter sido nomeado, Inspector Geral da Administração Geral do Estado.
No final, ao dirigir-se aos quadros da instituição e aos membros que o acompanhavam, o Inspector do IGAE, mostrou-se satisfeito e considerou o Museu, como um monumento que contribuiu de forma significativa, no processo de desenvolvimento cultural e intelectual das várias gerações.
Segundo João Pinto, o espaço reserva os factos históricos das diferentes origens de Angola, de África, entre outros, daí ser fundamental a sua preservação.
Inovações do Museu
A directora do Museu Nacional de Arqueologia, Maria Helena Benjamim, esclareceu que, geograficamente a instituição situa-se junto à orla marítima da Praia Morena e recebe mensalmente 500 visitantes, entre nacionais e estrangeiros.
Entre os visitantes, maioritariamente têm sido estudantes de diversas instituições públicas e privadas, quer seja do ensino médio e universitário. Referiu que, nos finais de semana, em eventos festivos e em finais de cada ano, o Museu recebe também um grande número de visitantes estrangeiros, que procuram conhecer sobre a realidade histórica do país.
A directora explicou que, dada a reabilitação do edifício, tão logo entrou em funcionamento, facilitou a organização interna de todos os arquivos e diversos equipamentos, o que tem garantido uma melhor conservação de mais de nove mil peças arqueológicas diversas.
Fez saber que o projecto arquitectónico ocupa um perímetro de oito mil metros quadrados, construído de blocos de pedra e brita calcária. O mesmo tem um piso, reforçado com portões e gradeamentos de ferro maciço. Historicamente, lembrou, o espaço era utilizado na época colonial como centro logístico para o tráfico de escravos e mais tarde passou a pertencer à Alfândega de Angola.
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