Em diferentes ocasiões, vimos como o mercado angolano reage em sentido contrário às hipóteses académicas, avançadas como argumentos para justificar a tomada de certas medidas no âmbito da reestruturação da economia ou do agravamento da carga fiscal.
O conceito de Responsabilidade Social teve grande visibilidade desde os anos 2000, e tornou-se mais frequente depois dos avanços dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Portanto, empresas socialmente responsáveis nascem do conceito de sustentabilidade económica e responsabilidade social, e obrigam-se ao cumprimento de normas locais onde estão inseridas, obrigações que impactam nas suas operações, sejam de carácter legal e fiscal, sem descurar as preocupações ambientais, implementação de boas práticas de Compliance e Governação Corporativa.
Angola tem um Programa Espacial Nacional, com a missão de promover o uso pacífico do espaço cósmico e a visão de tornar o país numa referência de excelência no âmbito espacial com reconhecimento a nível mundial.
No âmbito deste programa, o Executivo criou um outro para mitigar o impacto da seca no país que conta com um suporte de tecnologia espacial. Lançado em Janeiro deste ano, pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, este programa conta com um suporte financeiro da Agência Espacial norte-americana (NASA) avaliado em 550 mil dólares.
Denominado "Sistema de Apoio às Políticas de Combate à Seca no Sul de Angola”, o projecto resume-se na plataforma de recolha, organização e partilha de informação, voltada à mitigação dos efeitos derivados da ocorrência de situações de seca, que têm afectado, há várias décadas, milhares de cidadãos.
Para a implementação de programas do género, Angola deve contar com a colaboração de países com uma vasta experiência espacial.
Actualmente, o Japão está a desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento de várias famílias de aeronaves. As empresas japonesas também contribuíram para o desenvolvimento de vários satélites de teste para a engenharia, observação marinha e terrestre, comunicações, radiodifusão e de navegação global, incluindo satélites meteorológicos como o HIMAWARI 8 e 9. Veículos de lançamento, como o foguete MV, H-IIA/B e Epsilon também foram desenvolvidos por empresas espaciais japonesas.
Os fabricantes japoneses de satélites também estão a usar as suas capacidades técnicas avançadas, alta qualidade e custos competitivos para o mercado externo.
Por isso, parece-nos acertada a escolha do Japão para um acordo de cooperação no domínio da indústria espacial, com vista à formação de quadros angolanos e partilha de experiências.
O acordo foi assinado na segunda-feira, em Tóquio, no âmbito da visita oficial do Presidente João Lourenço ao Japão. O objectivo é, como disse o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, colher todas as experiências japonesas no campo da ciência espacial. Mário Oliveira sublinhou, entretanto, que a opção pelo Japão não é nova. É apenas parte do plano de formação dos quadros ligados ao Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional, junto das melhores escolas.
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