Cultura

HOMENAGEM

Mamamos o entusiasmo das mãos que desenham nossos rubores, há nelas um magnetismo que nos cobre em eletrizantes ondas.

24/03/2024  Última atualização 08H50
© Fotografia por: DR
Apetites nexo de estaladiça algazarra se abrem.

E nós?

Dengosas em quente colo, esquecemo-nos da rabujaria que é o nosso vicio e o mel de prazeres se cala na selva vernácula.

Ó Homem bom!

Tu que dás ao desejo enlouquecido sementes para o broto, ao quente solo selas-nos em obscenos toques, quando no cio caís em soluços iluminados.

No manto dos encantos sensuais moras, para desnudar a pureza de nossos corpos

Depois...

A poesia que nos enlaça no cais dos afectos

é a flor que hoje te chama:

PAI

Ngonguita Diogo

Dos filhos que são amigos

Se podem perder os amigos

Mas nunca se perdem os filhos

Que são sempre os nossos filhos

Os amigos que nos filhos eram

Podem ser outros que virão

Porque os amigos veem e vão

E os filhos ficam e nunca vão

Do filho que foi não entristeças o coração

Nem exultes por ter ido e regressado depois. 

Os filhos são sempre teus e jamais irão

Os amigos nos filhos vão e outros virão.

A vida dos teus filhos não é a tua

A tua vida nunca será a dos teus filhos

Porque tu e os filhos todos que tens

Jamais serão pais e filhos reféns. 

E nunca digam que se um vier depois

Os que já vieram não vos amarão como sois

Porque haverá sempre estrelas para brilhar

Na constelação do que vos couber e calhar.

Brilha na tua própria lua de luz interior

E deixa o teu sol raiar igual para eles

Os raios de amor na luz dos teus filhos

Que brilharão no amor dos filhos deles.

F. Tchikondo

Corro poeticamente entre versos ritmados

percorro quilómetros da linguagem verbal

num passo progressivo na ânsia de desvendar

mistério da palavra

transpiro poesia da vida

em cada passo descubro sagrados segredos

princípios de uma caminhada de luz

rumo à Luz Maior

Sou poeta aprendiz

desenho poemas atléticos

de paz

de amor

de sonhos

de dias melhores

Proponho-me a anunciar ao mundo

nudez da alma que deseja justiça paz

prosperidade para a humanidade.

Poema atlético

No dia da poesia - III declamação

Nguimba Ngola

Tudo é alguma coisa

Diante da felicidade,da prosperidade,longas filas.

Nos bairros nus,tantos corpos nus por vestir. Crianças

perdidas por salvar. Palavras obscuras por apagar do

Livro do Mundo-se o ler,perco a minha vista.

Tudo está nas pedras do caminho!

Tudo é alguma coisa!

Em torno dessa alguma coisa,eu escondo a minha pele.

Transformo-me em nada. Mergulhado numa água por branquear!

João Maimona

(In Trajetória obliterada)

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