Opinião

Fomento da pecuária

O Executivo aprovou, no princípio do ano, o Plano Nacional de Fomento e Desenvolvimento da Pecuária para o período 2023-2025, enquadrado no pacote de “políticas estratégicas do Governo para fomentar e desenvolver a produção de carne”, sobretudo de gado bovino, suíno, caprino, ovino e aves, bem como outros produtos ligados à pecuária, nomeadamente ovos e leite.

31/01/2023  Última atualização 06H05

Aprovado pelo Decreto Presidencial nº 13/23, de 6 de Janeiro, o plano tem vários objectivos, entre os quais a atracção de investimento privado ao longo das cadeias de valor da produção de carne e outros produtos pecuários, tal como promover a instalação de matadouros, casas legais de abate e de processamento, furos de água, centros logísticos e de frio.

Estão, igualmente, previstos no plano a aquisição de máquinas pesadas e ligeiras e camiões tecnológicos, o incremento dos níveis de produção e produtividade, acelerando a substituição racional das importações e promover as exportações para mercados específicos. Além disso, pretende-se, também, assegurar o financiamento a produtores, de preferência organizados em cooperativas, com o objectivo de os empoderar.

Para a execução do plano serão alocados cerca de 300 milhões de dólares, sendo que a maior fatia será destinada às cooperativas ou unidades de produção de animais organizadas.

Poucas semanas depois da sua aprovação, o Ministério da Agricultura e Pescas deu, recentemente, na província da Lunda-Norte, um passo importante na implementação do Plano de Fomento e Desenvolvimento da Pecuária. Lançou, na Fazenda da Cacanda, o Programa de Fomento de Suínos, que vai abranger 500 famílias para a reprodução daquela espécie animal nos dez municípios da província.

Com o programa, vai estar garantida maior oferta de carne aos consumidores e fará com que a Lunda-Norte se torne auto-sustentável quanto à produção da carne suína.

Numa primeira fase, foram distribuídos 150 suínos para a reprodução, distribuídos entre 40 cooperativas de criadores ligados à actividade agro-pecuária familiar. Depois da reprodução, os beneficiários terão de devolver ao Estado 60 por cento dos descendentes dos suínos, para que estes sejam, posteriormente, distribuídos às outras famílias das comunidades circunvizinhas, com vista à expansão do programa de integração produtiva.

Para a sustentabilidade do projecto, foram formados produtores com experiência na criação de suínos e que oferecem garantias para obtenção dos resultados económicos pretendidos pelo Executivo.

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