Em diferentes ocasiões, vimos como o mercado angolano reage em sentido contrário às hipóteses académicas, avançadas como argumentos para justificar a tomada de certas medidas no âmbito da reestruturação da economia ou do agravamento da carga fiscal.
O conceito de Responsabilidade Social teve grande visibilidade desde os anos 2000, e tornou-se mais frequente depois dos avanços dos conceitos de desenvolvimento sustentável. Portanto, empresas socialmente responsáveis nascem do conceito de sustentabilidade económica e responsabilidade social, e obrigam-se ao cumprimento de normas locais onde estão inseridas, obrigações que impactam nas suas operações, sejam de carácter legal e fiscal, sem descurar as preocupações ambientais, implementação de boas práticas de Compliance e Governação Corporativa.
O Executivo aprovou, no princípio do ano, o Plano Nacional de Fomento e Desenvolvimento da Pecuária para o período 2023-2025, enquadrado no pacote de “políticas estratégicas do Governo para fomentar e desenvolver a produção de carne”, sobretudo de gado bovino, suíno, caprino, ovino e aves, bem como outros produtos ligados à pecuária, nomeadamente ovos e leite.
Aprovado pelo Decreto Presidencial nº 13/23, de 6 de Janeiro, o plano tem vários objectivos, entre os quais a atracção de investimento privado ao longo das cadeias de valor da produção de carne e outros produtos pecuários, tal como promover a instalação de matadouros, casas legais de abate e de processamento, furos de água, centros logísticos e de frio.
Estão, igualmente, previstos no plano a aquisição de máquinas pesadas e ligeiras e camiões tecnológicos, o incremento dos níveis de produção e produtividade, acelerando a substituição racional das importações e promover as exportações para mercados específicos. Além disso, pretende-se, também, assegurar o financiamento a produtores, de preferência organizados em cooperativas, com o objectivo de os empoderar.
Para a execução do plano serão alocados cerca de 300 milhões de dólares, sendo que a maior fatia será destinada às cooperativas ou unidades de produção de animais organizadas.
Poucas semanas depois da sua aprovação, o Ministério da Agricultura e Pescas deu, recentemente, na província da Lunda-Norte, um passo importante na implementação do Plano de Fomento e Desenvolvimento da Pecuária. Lançou, na Fazenda da Cacanda, o Programa de Fomento de Suínos, que vai abranger 500 famílias para a reprodução daquela espécie animal nos dez municípios da província.
Com o programa, vai estar garantida maior oferta de carne aos consumidores e fará com que a Lunda-Norte se torne auto-sustentável quanto à produção da carne suína.
Numa primeira fase, foram distribuídos 150 suínos para a reprodução, distribuídos entre 40 cooperativas de criadores ligados à actividade agro-pecuária familiar. Depois da reprodução, os beneficiários terão de devolver ao Estado 60 por cento dos descendentes dos suínos, para que estes sejam, posteriormente, distribuídos às outras famílias das comunidades circunvizinhas, com vista à expansão do programa de integração produtiva.
Para a sustentabilidade do projecto, foram formados produtores com experiência na criação de suínos e que oferecem garantias para obtenção dos resultados económicos pretendidos pelo Executivo.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginA ideia segundo a qual Portugal deve assumir as suas responsabilidades sobre os crimes cometidos durante a Era Colonial, tal como oportunamente defendida pelo Presidente da República portuguesa, além do ineditismo e lado relevante da política portuguesa actual, representa um passo importante na direcção certa.
O continente africano é marcado por um passado colonial e lutas pela independência, enfrenta, desde o final do século passado e princípio do século XXI, processos de transições políticas e democráticas, muitas vezes, marcados por instabilidades, golpes de Estado, eleições contestadas, regimes autoritários e corrupção. Este artigo é, em grande parte, extracto de uma subsecção do livro “Os Desafios de África no Século XXI – Um continente que procura se reencontrar, de autoria de Osvaldo Mboco.
A onda de contestação sem precedentes que algumas potências ocidentais enfrentam em África, traduzida em mudanças político-constitucionais, legais, por via de eleições democráticas, como as sucedidas no Senegal, e ilegais, como as ocorridas no Níger e Mali, apenas para mencionar estes países, acompanhadas do despertar da população para colocar fim às relações económicas desiguais, que configuram espécie de neocolonialismo, auguram o fim de um período e o início de outro.
Trata-se de um relevante marco o facto de o Conselho de Ministros ter aprovado, na segunda-feira, a proposta de Lei dos Crimes de Vandalismo de Bens e Serviços Públicos, para o envio à Assembleia Nacional que, como se espera, não se vai de rogada para a sancionar.
O embaixador de Angola na Côte D'Ivoire, Domingos Pacheco, reuniu-se, esta sexta-feira, em Luanda, com empresários e instituições angolanas, com os quais abordou questões de cooperação económica e de investimentos.
Dois efectivos da Polícia Nacional foram, quinta-feira, homenageados, pelo Comando Municipal de Pango Aluquém, por terem sido exemplares ao rejeitarem o suborno no exercício das actividades, na província do Bengo.
Vasco Lourenço, um dos capitães de Abril que derrubaram a ditadura salazarista há 50 anos em Portugal, foi hoje recebido em Lisboa pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, na qualidade de Presidente da Associação 25 de Abril.
A responsável pela Secção de Crimes contra o género da Polícia Nacional, Intendente Sarita de Almeida, realizou, quinta-feira, em Juba Central Equatorial State, no Sudão do Sul, um Workshop sobre Direitos Humanos e Protecção Infantil.